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O Perfil do Acadêmico de Relações Internacionais: Um personagem-observador dos eventos históricos de

Alessandra Viviane Vasconcelos

Acadêmico do 5º semestre

Muitos se perguntam qual o perfil do estudante de relações internacionais? Diria que ele é um observador profundamente crítico que procura analisar todo o contexto, procurando diferenciar os fenômenos sociológicos, que permeiam o processo histórico, e o que geram para as dinâmicas do Sistema Internacional.

Tagliari e Araújo (2009) são enfáticos em dizer que quem não aprecia a política, seja ela doméstica ou internacional, está no curso errado. Dessa forma, pode-se dizer que os alunos de RI são atores políticos, estudam para serem agentes da política à luz do que o grego Aristóteles, em sua obra A Política, disse: ”O homem é naturalmente um animal político, destinado a viver em sociedade”.

Esse mesmo acadêmico em se tratando dos protestos em todo Brasil hoje, deve olhar com uma visão mais profunda (além do ôntico), traçando um paralelo com os eventos da primavera árabe, do “Ocuppy Wall Street”, da Praça Taksim na Turquia, e das ruas da Espanha e Portugal. São movimentos concomitantes nos quais cidadãos que estão lutando por direitos básicos e fundamentais.

Fomos influenciados pelos cidadãos que protestam ao redor do mundo? O que temos em comum? Manifestantes em Belém tinham em sua faixa: “Não é Turquia nem Grécia é o Brasil que saiu da inércia” Embora com causas diferentes os princípios sejam os mesmo.

O Impeachment de Collor teria sido um evento histórico para nossa democracia, feito pelos movimentos estudantis, que chegou a proporções de depor um presidente. Apoiados ou não pelo processo midiático que os envolvia, os brasileiros foram as ruas, impulsionados por uma indignação, e hoje, após mais de 20 anos, os estudantes foram as ruas dentro de um contexto de repercussões de extrema corrupção. O estudante, antes muito criticado, por ser a geração shopping center e das redes sociais, não estava alienado, pois com a tecnologia teria mais informações do que qualquer outra geração, depois da valorização do real, e de relativa “prosperidade”.

Isso nos teria deixado em uma inércia política? Não, já estariam politicamente conscientizados, que se enfrentavam entraves sociais históricos e em meio aos descasos dos governantes surge a indignação, o desejo de mudar. Observam-se também todas as faixas etárias inserida nesse processo, o que não tira a legitimidade da ação, se tem ou não representatividade. Algo ocorreu, houve mobilidade, mostrando que é necessário amadurecer para se conquistar muito mais.

Há uma construção em todo esse processo. Tal como o nome indica, o foco da teoria construtivista está na construção social da política internacional.Vivemos em um mundo que construímos, nos quais somos os principais protagonistas, que é produtos de nossas escolhas. Este mundo em permanente construção é constituído pelos que os construtivista chamam de agentes. Isto significa que estamos em um mundo que não nos é imposto ou que é pré-determinado, mas num mundo que podemos mudar, transformar, pois ele é socialmente construído (Wendt ,1992).


Referências bibliográficas

Tagliari, Vanessa; Araújo, Marcos. Relações Internacionais: Uma abordagem Multidisciplinar. Sá Guimarães, Feliciano. Um internacionalista no Brasil (1998-2008): Algumas ideias para alunos ‘desesperados’ acerca do que fazer com o diploma.Curitiba.Juruá.2009.Cap. 1.

Jackson, Robert; Sorensen, Georg. Introdução às Relações Internacionais. Ed Zahar.RJ.2007.445p.

www.youtube.com/watch?v=Z0QQknAbSB


www.inct-ineu.org.br/homolog/filipe/06-teoriadasris.pdf‎

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