Resenha: A Dama de Ferro
Rafaela Alves
Acadêmica do 5º semestre de Relações Internacionais da Unama.
Nome Original: The Iron Lady
Lançamento: 17 de fevereiro de 2012
Dirigido por: Phyllida Lloyd
Com: Meryl Streep, Jim Broadbent, Alexandra Roach
Gênero: Biografia, drama, histórico
Nacionalidade: França, Reino Unido
Sinopse: Antes de se posicionar e adquirir o status de verdadeira dama de ferro na mais alta esfera do poder britânico, Margaret Thatcher teve que enfrentar vários preconceitos na função de primeiro-ministra do Reino Unido em um mundo até então dominado por homens no contexto de um conflito entre Reino Unido e Argentina, a Guerra das Malvinas.
No dia 08 de março, comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e iremos resenhar a respeito do filme de uma tão importante “lady” para a sociedade, Margareth Thatcher, mais conhecida como “Dama de Ferro” (Iron lady).
Em janeiro de 2012 foi lançado o filme A dama de Ferro, adaptado da vida real para a obra cinematográfica, pelo roteirista Abi Morgan e dirigido por Phylida Lloyd, onde a consagrada atriz Meryl Streep, interpretou a tão importante, surpreendente e implacável baronesa Thatcher. O filme retrata o momento da vida de Thatcher, quando com idade avançada, já aposentada, está também solitária e desnorteada, onde se apega a memórias de momentos gloriosos e complexos de sua vida, demonstrando o atual estado de vulnerabilidade de uma mulher tão conhecida e implacável anos antes.
Durante tais memórias a obra cinematográfica aborda algumas de suas difíceis conquistas durante os anos, como a trajetória de sua ascensão política, quando esteve em frente ao governo, entre 1979 a 1990. No decorrer do filme é enfatizado, de forma perspicaz, um pouco do que Thatcher passou enquanto esteve no cargo de Primeira-ministra britânica, sendo a primeira mulher a adquirir tal importância, superando preconceitos exibidos e exibe como ela precisou ser mais firme ainda do que provavelmente se fosse um homem neste cargo.
Retrata-se uma época em que além do machismo fortemente existente, a dama de ferro precisava superar as adversidades de uma Europa em recessão econômica. Juntamente de toda a pressão das indústrias, operários, da sociedade na qual representava. E, com o poder de uma negociadora-chefe, precisava lidar com os contratempos de diferentes interesses nacionais, internacionais e do partido conservador, o qual era líder, precisando, ainda, entender suas obrigações pessoais como ser humano.
Em entrevistas após o prêmio como melhor atriz, no Oscar, Streep relatou a importância de interpretar Thatcher ao final da vida, para exibir ao público, o resultado de uma vida polêmica, intensa e tão turbulenta de uma importante figura no cenário internacional, que conversando com Lloyd descobriu que não se tratava de um filme sobre política, mas a respeito do poder, de sua perda e dos custos da vida de uma corajosa mulher.
Finalizo então, esta breve resenha, com o apelo de um filme dramático, mas que ainda assim se fez mais eufêmico do que a real vida de uma admirável mulher. Depois do filme, se tornou um importante personagem histórico que levou a inspirar tantas outras personalidades e civilizações. Inspira, inclusive, a dar mais importância a mulheres que precisam equilibrar tantas negociações ao longo de suas vidas, pessoais, profissionais e, que muitas vezes nem são reconhecidas.