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A Ascensão da China no Cenário Mundial


Nas últimas semanas, o assunto que colocou potências como Estados Unidos e Japão em sinal de alerta, foi a criação do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura. Este é um projeto liderado pela China que promete auxiliar o desempenho do Sistema Financeiro Regional e impulsionar a influência do país no âmbito econômico. O Banco também conta com aliados, tais como Grã-Bretanha, França e Rússia. Vale ressaltar que a intenção é de que o Banco aja de forma independente de potências como Estados Unidos e Japão.

Desde 1979, a China vem apresentando um crescimento de cerca de 9,7% ao ano. Mas foi somente em 2001, com a entrada na OMC (Organização Mundial do Comércio), que o país passou a influenciar no crescimento de outros Estados tidos como subdesenvolvidos, ampliando, deste modo, sua presença no mercado internacional com os famosos produtos "made in China", fortemente presentes em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil.

Em relação ao âmbito bélico militar, a China possui, hoje, um dos maiores arsenais e ocupa a terceira posição entre os maiores exportadores de armamentos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia. Este fato expõe consideravelmente o crescimento acelerado do país, que, há dez anos, era considerado importador de produtos bélico-militares. A modernização também torna o país um grande fornecedor de navios de guerra, veículos blindados e mísseis. A exportação de armas da China representa cerca de 5% do mercado mundial e tende a crescer.

Mas, a questão principal neste contexto é questionar se a China tem condições de ultrapassar a hegemonia norte-americana. Embora este assunto necessite de aprofundamentos, dois pontos podem esclarecer a discussão: Robert Gilpin, teórico neorrealista das Relações Internacionais, considera que para que uma hegemonia mantenha seu poder no Sistema Internacional, seu poder-força deve ser sustentado pela economia. A China atual possui uma indústria bélica potente, que é fortalecida à medida em que a economia cresce. Porém, neste sentido, a superioridade militar estadunidense ainda é incontestável.

O segundo ponto é referente ao que Joseph Nye, teórico neoliberal, chamaria de "Soft Power", ou seja, um tipo de dominação imperceptível, que acontece pela influência cultural e de valores. Neste âmbito, a China é muito inferior à hegemonia norte-americana, que a cada ano se intensifica, através da expansão informacional promovida pela tecnologia. Neste aspecto, o país levaria anos para alcançar os Estados Unidos.

Por isso, pode-se ver que é fundamental para o estabelecimento de uma nova hegemonia, a dominação sobre os pontos supracitados. Contudo, a China ainda se depara com o desafio de oferecer assistência social à população e, além disso, necessita disseminar sua cultura no cenário mundial.

É preciso levar em consideração que o país está em crescimento, mas não em desenvolvimento. Ou seja, está havendo acumulação de capital, mas a distribuição ainda é desigual. As denúncias de trabalho em grau de exploração são muito presentes. Ademais, o modelo ditatorial defendido pela China dificulta o seu processo de integração em um mundo cada vez mais interdependente e complexo.




REFERÊNCIA

MARTINS, Umberto. A ascensão da China e a geopolítica mundial. Disponível em:http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna=35&id_coluna_texto=2859. Acesso em: 14 de abril de 2015.

DUARTE, Francisco. Banco Internacional Chinês também contará com capital russo. Disponível em: http://pt.blastingnews.com/economia/2015/03/banco-internacional-chines-tambem-contara-com-capital-russo-00326681.html. Acesso em: 18 de abril de 2015.

DOMINGUEZ, Gabriel. "China tenta superar atraso tecnológico militar". Disponível em: http://www.dw.de/china-tenta-superar-atraso-tecnol%C3%B3gico-militar/a-18298449. Acesso em: 14 de abril de 2015.

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