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Papa João Paulo II: uma vida consagrada à fé e à construção da Paz

“Mudança” ... Palavra compreendida por muitos, mas efetivada por poucos. Cooperativistas e policymakers buscam influenciar e moldar o cenário mundial, valendo-se de armamentos bélicos ou de acordos proveitosos. No entanto, por meio de visões eclesiásticas, Karol Józef Wojtyla – mais conhecido como Papa João Paulo II – encontrou alternativas viáveis para a construção de modificações positivas nas atitudes e vidas de milhares de pessoas no mundo inteiro.

Natural da cidade de Wadowide, na Polônia, Karol Wojtyla teve uma infância cheia de perdas familiares. Mas, ele não se deixou abater pelos fatos trágicos de sua vida: terminou a escola primária e perseguiu seu sonho de se tornar ator. Contudo, com a ocupação nazista na Polônia, em 1939, e o consequente fechamento da Universidade onde estudava, Karol Wojtyla decidiu ingressar em um seminário clandestino. Após o fim da Segunda Guerra, passou a estudar teologia na Universidade Jagiellonian, onde, em 1946, foi ordenado como padre. Já em Roma, em 1948, Wojtyla finalizou seu doutorado em teologia e continuou a ocupar cargos importantes na hierarquia Igreja Católica Apostólica Romana.

Eleito Papa em 16 de outubro de 1978, e assumiu o nome recebeu a alcunha de João Paulo II. Ele foi o primeiro Papa não italiano desde 1523 e começou seu pontificado sob o lema “I learned to love human love” (Eu aprendi a amar o amor humano), demonstrando interesse em compartilhar a paz e fé entre todos os povos do planeta. Durante as 104 viagens apostólicas que promoveu, visitou 129 países diferentes e, com visões eclesiásticas rígidas, se posicionou publicamente contra o aborto, a homossexualidade, o divórcio e até contra a eutanásia e os testes de clonagem humana. Suas ideias foram difundidas rapidamente pela mídia, e receberam grande repercussão internacional.

A presença deste Papa no cenário internacional atraiu admiração quando influenciou decisivamente e de forma pacífica a queda da Cortina de Ferro estabelecida pela União Soviética e, como resultado, foi fundamental na reorganização das fronteiras europeias. Em 1994, João Paulo II reconheceu o Estado Palestino e, logo após, estabeleceu relações diplomáticas com o Israel. Nas Américas, o Papa, com os ideais de liberdade e de independência, revelou-se abertamente um aliado dos povos oprimidos, em suas lutas contra as ditaduras militares.

Além disso, interferiu no Oriente Médio, contestando as sanções dos Estados Unidos contra o Iraque. Muitos encontros políticos foram realizados no Vaticano, como Mikhail Gorbachev (presidente da União Soviética) e Fidel Castro (líder da Revolução cubana). Este último encontro significou o primeiro passo na normalização das atividades religiosas em Cuba, que foram reprimidas com a instalação de governos comunistas opressores. Sua influência no cenário internacional rendeu ao Papa João Paulo II um curioso recorde: percorreu mais de um milhão de quilômetros pelo globo terrestre, nas viagens apostólicas.

Considerado como um dos líderes pensadores da Igreja Católica, João Paulo II ajudou a igreja a examinar sua posição no mundo. Fiel ao seu legado – uma das mais ricas histórias de Papas do Catolicismo – proclamou, diante das Nações Unidas que “with the help of God’s grace, we can build in the next century and the next millennium a civilization worthy of the human person, a true culture of freedom. We can and must do so!” (PAUL, John. 1995). Diante dessa preocupação com os valores morais, religiosos e humanos, João Paulo II mobilizou a celebração da Jornada Mundial da Juventude e as Reuniões Mundiais da Família. Esses eventos religiosos da Igreja Católica do Ocidente atraem milhares de jovens e adultos até os dias atuais.

É evidente que a existência de Wojtyla foi um bem para humanidade. Apesar disso, logo nos primeiros anos de seu pontificado, em 1981, o Papa foi vítima de um atentado – sendo baleado pelo turco Mehmet Ali Agca, na Praça São Pedro, em meio a 10 mil fiéis – Mas, em consonância com o lema de seu pontificado perdoou Agca, dois anos depois da tentativa de assassinato.

Desde o atentado até o dia da sua morte, em 2 de abril de 2005, Wojtyla viveu com sua saúde comprometida, chegando a lutar contra o Mal de Parkinson e o câncer nos ossos. No mesmo mês da sua morte, em 2014, ele foi beatificado pelo atual Santo Padre, o Papa Franscisco, em demonstração pelo reconhecimento de uma vida santa, repleta de amor à Deus e aos seres humanos.



REFERÊNCIAS

John Paul II. The Biography. Disponível em: <http://www.biography.com/people/john-paul-ii-9355652> Acesso em: 26 de abril de 2015.

John Paul II. St. John Paul II National Shrine. Disponível em:< http://www.jp2shrine.org/jp/en/bio/#8>. Acesso em: 26 de abril de 2015.

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