As políticas de imigração da Europa
Recentemente, milhares de migrantes tentaram atravessar o Mar Mediterrâneo rumo à Europa em busca de melhores padrões de vida. Há uma situação delicada que divide imigrantes vindos da África e do Oriente Médio, e a postura da Europa para lidar com esses movimentos.
A União Europeia tem uma política aberta para imigrantes, desde que estes obedeçam a padrão europeu. Mas, a maioria dos imigrantes que chegam ao continente pelo mediterrâneo não seguem esse perfil. O objetivo deste texto é explicar a política europeia para imigração e os fatos que ocorreram recentemente que impulsionaram os movimentos migratórios para a Europa.
A União Europeia tem uma política aberta aos imigrantes, desde que sigam alguns critérios, dentre eles, inclui-se o grau de facilidade para o reconhecimento de diplomas profissionais e acadêmicos.
Os países da UE se beneficiam da migração de trabalhadores qualificados, pois eles são capazes de suprir as carências de mão de obra. O bloco também propõe programas de repatriamento para aqueles que queiram regressar ao país de origem. Ao abrigo das leis, será também facilitada a obtenção de vistos para estudantes, investigadores e empresários.
Em contrapartida, os países de origem dos imigrantes se comprometem a gerir de forma eficaz a migração ilegal, melhorar o controle nas fronteiras e combater o contrabando e o tráfico de seres humanos. O objetivo desta política, e a mudança de postura em relação aos movimentos de imigração, são os ganhos que a os países europeus podem obter com a imigração.
A baixa taxa de natalidade e uma população em envelhecimento fazem com que a Europa seja cada vez mais dependente da mão de obra proveniente da imigração. Prevê-se que em 2060 existam menos 50 milhões de trabalhadores se os níveis tradicionais de imigração se mantiverem. Caso contrário, haverá uma redução do número de trabalhadores, que ajudam a financiar os atuais sistemas de saúde e de segurança social. Prevê-se que, em 2020, só no sector da saúde, se venha-se a registar o déficit de cerca de um milhão de profissionais. A imigração pode ajudar a preencher as lacunas tanto neste, como noutro tipo de atividades (COMISSÃO EUROPEIA, 2012).
Para esse efeito, a Comissão Europeia propõe novas medidas para melhor gerir os fluxos migratórios provenientes dos países vizinhos do Norte da África. Espera-se, assim, facilitar a imigração de trabalhadores com as competências necessárias para ajudar a UE a suprir as carências de mão de obra.
O problema da imigração, de certo modo, é também uma responsabilidade doméstica dos países de origem dos imigrantes. O estímulo para este grande fluxo é notado a partir de questões funcionais, tais como fome, guerras étnicas, falta de emprego, etc. Além disso, muitos dos imigrantes que conseguem entrar na Europa de forma ilegal, não atendem ao perfil exigido e acabam sendo absorvidos pelas atividades ilegais e pelos movimentos terroristas. Portanto, a Europa é um continente que apresenta duas características que atrai as imigrações pelo mediterrâneo: emprego e as atividades criminosas internas de toda a região.
REFERÊNCIAS
Europa e África reúnem-se para discutir a dramática situação no Mediterrâneo. Deutsch Welle. Disponível em: < http://www.dw.de/europa-e-%C3%A1frica-re%C3%BAnem-se-para-discutir-a-dram%C3%A1tica-situa%C3%A7%C3%A3o-no-mediterr%C3%A2neo/a-18399904>.Acessado em 02 de Maio de 2015.
Gerir a imigração de forma justa e eficaz. Comissão Europeia. Disponível: < http://ec.europa.eu/news/justice/110526_pt.htm>. Acessado em 02 de Maio de 2015.
Mortes no Mediterrâneo exigem ação imediata. O globo. Disponível em: < http://oglobo.globo.com/opiniao/mortes-no-mediterraneo-exigem-acao-imediata-15959623>. Acessado em 02 de Maio de 2015.
Questão dos refugiados passa pelo trabalho ilegal na UE, diz deputado. Deutsch Welle. Disponível em:
< http://www.dw.de/quest%C3%A3o-dos-refugiados-passa-pelo-trabalho-ilegal-na-ue-diz-deputado/a-18403199>. Acessado em 02 de Maio de 2015.