top of page

Imigração ilegal para a Europa: à procura do sonho perdido



As dificuldades vividas por milhares de pessoas, seja na vertente política, social ou econômica, faz emanar um sentimento de esperança perante a necessidade de mudança da realidade, com vistas à busca de um novo sentido para vida.


É esta ilusão que leva muitos africanos à serem confrontados a mergulhar em uma verdadeira luta pela sobrevivência, que os direciona a outros continentes. Eles percorrem uma viagem arriscada através dos mares – especialmente o mediterrâneo – e oceanos. Mas o cenário que encontram ao chegar na Europa não é muito diferente do que conheciam na África.


Durante anos, nós, africanos, condenamos a influência e exploração europeia como o grande entrave para obtenção de qualidade digna de vida da população, bem como a equidade e dos direitos humanos, fatores estes que foram base de inúmeros conflitos internos do continente. Contudo, hoje, a quem devemos atribuir o papel de obstáculo? Por que não condenamos a nossa “falta de ações” como um obstáculo para a construção de uma sociedade mais igualitária?


Diariamente presenciamos crises mundiais como a fome, as guerras (civis ou religiosas), a corrupção, a instabilidade social, as pandemias, entre outras. Situações que afetam a dignidade humana, mas, ao mesmo tempo, ainda vigoram os ideais Westfalianos de que a soberania de cada Estado deve prevalecer frente às questões que envolvem a integridade estatal diante dos dilemas sociais, econômicos e culturais.


Com isto, o que se percebe é a perda da importância dos valores humanos para salvaguardar princípios que podem ser contestados, tais como a soberania, legitimidade estatal, etc. Por décadas nós caminhamos, guerrilhamos, imploramos, lutamos, mas não vencemos. Mas os conflitos armados, as epidemias e o agravamento da miséria, continuam a ser o nosso estigma.

Não basta sermos ricos em recursos naturais e minerais, se não conseguimos potencializar a promoção da justiça social. Isto é possível, porque nossos recursos são explorados por forças internacionais, e uma minoria africana se aproveitados desta situação, provocando conflitos, mas sem contribuir para o desenvolvimento do continente.


O maior problema na área da saúde é a disseminação de epidemias. Os grandes índices de malária, do vírus HIV e do vírus ebola vêm sendo algumas das grandes batalhas na região. E, mesmo assim, muitos ainda se perguntam: qual o motivo de verem na travessia do o mar mediterrâneo uma solução e, por que buscam melhorias justamente na Europa?


Os Naufrágios, bem como as calamidades em que são colocados esses indivíduos após chegarem à Europa, levanta sérios questionamentos acerca das fronteiras e dos discursos xenofóbicos que se originam do temor dos europeus de passar por um transculturalismo, pois consideram a imigração africana para a Europa um risco de desintegração social.


Por isso, as jornadas perigosas, realizadas em razão da busca de um “mundo diferente”, faz as instituições de toda comunidade internacional vislumbrar a necessidade de afirmar o acesso à assistência legal e social para os refugiados, onde podem encontrar proteção e realizar os mais básicos anseios da necessidade humana. Afinal, trata-se de pessoas com denominação de “refugiados”, fugindo as condenações do seu local de origem, em busca de um lugar que lhes atribuam mais valor. Na verdade, estas pessoas mal sabem que estão saindo do habitual para um futuro incerto e, muitas vezes, impróprio.

Veja também
Verifique em breve
Assim que novos posts forem publicados, você poderá vê-los aqui.
Destaques

Um site que é a cara do curso de Relações Internacionais. 

Notícias do dia
Verifique em breve
Assim que novos posts forem publicados, você poderá vê-los aqui.
Redes sociais 
  • Instagram Social Icon
  • YouTube Social  Icon
  • Blogger Social Icon
  • Wix Twitter page
  • Wix Facebook page
Follow us 
  • Black Facebook Icon
  • Black Instagram Icon
  • Black Twitter Icon
  • Black Blogger Icon
bottom of page