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Vítimas da 2º Guerra Mundial: lembranças daqueles que perderam suas vidas


Em setembro de 1939, a partir da invasão da Polônia pela Alemanha nazista, iniciou a Segunda Guerra Mundial. O conflito envolveu direta e indiretamente mais de setenta nações do mundo, durando por seis anos. Os acontecimentos desta guerra ficaram marcados na história mundial como uma das maiores catástrofes causadas pelo homem.


É difícil calcular ou até explicar em palavras a dimensão da destruição, e do sofrimento causados por esta guerra que, segundo o historiador Parker (2001), mudou para sempre o conceito que a humanidade tinha de si mesma. O conflito constante e letal, as armas de destruição em massa, o antissemitismo entre outros fatores, causaram sofrimentos incontáveis à humanidade. Por isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) determinou em resolução de novembro de 2004 que os dias 8 e 9 de maio devem ser tidos como momentos de lembrança e tributo às vítimas dos horrores da Segunda Guerra.


Estima-se que o número de casualidades do conflito esteja entre cinquenta a setenta milhões de atingidos direta e indiretamente. Porém, infelizmente, o sofrimento não pode ser apenas medido pelo número de mortes. O flagelo de toda humanidade, neste período, foi além da guerra em si, mas também de suas consequências e, segundo alguns autores, até de suas causas.


A perseguição e o extermínio em massa de judeus é um dos acontecimentos mais marcantes da guerra. A Alemanha nazista, liderada por Adolf Hitler, praticou uma espécie de genocídio sistematizado, com cerca de seis milhões de judeus mortos, assim como outros grupos étnicos e políticos, entre eles os ciganos, comunistas e prisioneiros de guerra soviéticos. Além disso, também foram perseguidos e assassinados homossexuais e deficientes físicos e mentais.


O fato que ficou conhecido como Holocausto, palavra que em hebraico significa "destruição", aconteceu por etapas. Primeiro havia a separação do indivíduo do resto da sociedade, - os judeus eram marcados com uma estrela e os homossexuais com um triângulo rosa afixado em suas roupas -. Depois presos ou enviados para campos de concentração, onde normalmente se trabalhava até a morte, por exaustão ou doença. Após isto, os Judeus, especialmente, eram transportados para campos de extermínio, onde eram submetidos à câmaras de gás. Já com os homossexuais, era recorrente a castração, tanto química quanto física.


Mas os terrores da guerra lamentavelmente não se reduzem somente às práticas do Holocausto. Uma das características mais marcantes da Segunda Guerra Mundial, é que ela não foi travada apenas nas linhas de frente, os civis conviviam diariamente com bombardeios e ataques em suas cidades onde o medo era permanente. Neste sentido, percebe-se o impacto da configuração do conflito no âmbito social, assim como no aumento no número de mortes, pois muitos perderam suas vidas e/ou perdiam suas casas nos bombardeios, e mesmo aqueles que sobreviviam, eram deixados com graves traumas psicológicos.


O mundo sofria com a generalizada banalização do mal, um conceito da filósofa e teórica política, alemã, de origem judia, Hanna Arendt. A ideia é que, quando praticado em larga escala, nas suas mais variadas formas, presente na vida cotidiana como uma coisa corriqueira, o mal acaba se tornando habitual e ninguém concede a ele a devida atenção. Nos tempos da guerra, a banalização era notável, e, foi a partir dela, que se permitiu a prática de tantas atrocidades.


Com o fim do conflito em 1945, percebeu-se que a guerra tinha sido apenas de desgaste. Os dois protagonistas e os “coadjuvantes” deste episódio sofreram com as armas e com outros horrores criados pelo engenho humano, onde a guerra deixou em seu caminho uma trilha de destruição e tormento de magnitude até então insólita. A humanidade foi deixada então com o legado da Segunda Guerra Mundial, como forma de aprendizado para que os Estados, os indivíduos e os demais atores políticos e internacionais sempre se esforcem ao máximo para alcançar soluções pacíficas para seus desacordos, de forma que um conflito de tal magnitude nunca volte a acontecer.


REFERÊNCIAS

Inga Clendinnen., Um olhar Sobre o Holocausto. Editora Prefácio. Lisboa, 2000.

Jean-Schwab., Triângulo Rosa – Um Homossexual no Campo de Concentração Nazista., Mescla Editorial. São Paulo, 2011.

Time of Remembrance and Reconciliation for Those Who Lost Their Lives during the Second World War. Disponível em: <http://www.un.org/en/events/remembranceday/>. Acesso em 4 de Maio de 2015.

R.C.A Parker. The Second World War: A Short History., Oxford University Press. New York, 2001.

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