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Nelson Mandela e a Luta pela Igualdade Racial



Imagine estar em uma sociedade onde a crença predominante é de que as pessoas possuem características inatas que determinam os seus comportamento e direitos sociais, onde as “raças” eram hierarquizadas como “melhores” ou “piores”. Era essa a verdade que prevalecia nos vários cantos do planeta, principalmente nos séculos XIX e XX. Contudo, houve aqueles que não aceitaram a segregação promovida pelos discursos racistas e lutaram pelos direitos do seu povo. É possível lembrar grandes nomes como Ghandi, na Índia, e Martin Luther King, nos Estados Unidos. Mas, outra grande personalidade que causou impacto mundial foi Nelson Mandela.


Fazendo parte desta população tida como “inferior”, Nelson Mandela teve a coragem de ir contra a realidade do período, enfrentando os que oprimiam e exploravam os sul-africanos. Em meio a todas as imposições que lhe foram colocadas, Mandela foi um dos líderes da luta pela igualdade entre as “raças” em seu país de origem. Ele foi, além de tudo, um homem destemido que estava sempre pronto para se sacrificar pela liberdade de seu povo.


Mandela nasceu no dia 18 de julho de 1918, no pequeno vilarejo de Transkei, na África do Sul. Ele é considerado um dos maiores personagens africanos do século XX. Iniciou sua jornada de vida na mesma época em que a dominação europeia na África já estava infiltrada na cultura e dominava os âmbitos políticos e econômicos do continente africano.


Mandela teve a rara chance de obter uma boa educação universitária e se formou em Direito. Sua participação política começou em 1942, quando começou a frequentar informalmente as reuniões do Congresso Nacional Africano (CNA). Um grupo multirracial que viria a lutar contra o Partido Nacional que, em 1948, implementou uma política que definia uma legislação excludente, onde os únicos com direito a voto ou a deter poder político e econômico, seriam a minoria branca, enquanto à imensa maioria negra restava a obrigação de obedecer rigorosamente aos decretos separatistas conhecidos internacionalmente como o apartheid.


Estas medidas se intensificaram no início da década de 50, criando uma espécie de confinamento geográfico na comunidade africana, acentuando a separação entre pessoas de etnias diferentes. Diante disto, Mandela, então líder do CNA, comandou o movimento contra o regime ao organizar manifestações e lançar uma desobediência civil. Como consequência, houve vários episódios de violência, tais como o Massacre de Sharpeville, em 1960, onde 67 manifestantes desarmados foram mortos pela polícia. Este acontecimento acabou provocando protestos em diversas partes do mundo.


Apesar da repercussão internacional, Nelson Mandela foi sentenciado à prisão perpétua. Mas, ao ser julgado, suas palavras o imortalizaram, chocando o mundo contra a voracidade do “racismo”. Nelson demonstrou imenso cuidado ao fazer a seguinte declaração: “Lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra. Tenho cultivado o ideal de uma sociedade livre e democrática na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal que eu espero viver e alcançar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer.”


Mesmo ficando preso por quase duas décadas, seus ensinamentos ecoaram pelo mundo, conscientizando milhares de pessoas a aceitarem as diferenças existentes entre os povos como uma alternativa e não como uma ameaça.


Frederick de Klerk tomou posse da presidência, em 1989 e abriu o caminho para as mudanças no cenário social hostil da África do Sul. Com a liberação de Mandela em 1990, juntos intensificaram a batalha contra a opressão e conquistaram o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para trazer a paz ao país. As conquistas não pararam de acontecer. No dia 27 de abril de 1994, uma data memorável, a África do Sul promoveu as primeiras eleições democráticas de sua história e, Mandela, aos 75 anos, tornou-se o primeiro líder negro do país.


Nelson Mandela, é um dos símbolos dos direitos humanos mais reconhecidos e é também um homem cuja dedicação à liberdade do seu povo, inspira os defensores dos direitos humanos de todo o mundo, conquistando o respeito internacional pela reconciliação nacional. Mesmo após sua morte, em 2013, convém a nós lembrar sua grande frase: “It is in your hands to make of our world a better one for all”!




REFERÊNCIA

The Nelson Mandela Foundation. Biography of Nelson Mandela. Disponível em: <https://www.nelsonmandela.org/content/page/biography> Acesso em: 08 de maio de 2015.

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