Resenha: Avatar
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Lançamento: 15 de outubro de 2010
Dirigido por: James Cameron
Elenco: Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver
Gênero: Ficção científica, aventura
Nacionalidade: EUA
O filme inicia com Jake Sully (Sam Worthington), um ex-fuzileiro naval que está sujeito a uma cadeira de rodas após sofrer um acidente. Por ter o mesmo genoma de seu irmão falecido, que treinava para uma missão secreta no em um planeta chamado Pandora, passa a substituí-lo.
A missão secreta é financiada por uma companhia multinacional, com o intuito de fazer o reconhecimento das riquezas minerais que o planeta possui, além de fazer a exploração de unobtânium, o qual poderá gerar lucros exorbitantes e resolver a crise energética da Terra. Para isto, a companhia cria um projeto chamado Avatar, que consiste na criação de corpos híbridos de DNA humano e do DNA dos nativos do planeta Pandora.
O programa é comandado pela Dra. Grace Augustine (Sigourney Weaver), que tem como objetivo ganhar a confiança dos nativos de Pandora, os Na’vis. Por isso, é necessário usar os Avatars, os quais são controlados remotamente pela mente de seus donos. O fato de os Avatars se parecerem com os nativos facilita no processo de exploração, pois os humanos conseguiriam ter os seus costumes e ensinamentos mais facilmente aceitos pelos Na’vis. Este fato, aos olhos internacionalistas, lembra a história do colonialismo europeu e do, mais recente, imperialismo norte americano.
Os Na’vis são muito apegados à natureza, vivendo em harmonia com ela e venerando a deusa da vida, denominada Eywa. No filme, os humanos não conseguem entender este modo de vida, completamente diferente do habitual, logo, os nativos são vistos como primitivos para a grande maioria do grupo pertencente a que trabalha no projeto e convive com os Na’vis.
Após ser atacado por uma criatura local, chamado de Thanator, Jake se perde na floresta de Pandora e acaba conhecendo Neytiri (Zoë Saldaña), que o salva. E, apesar de querer deixá-lo para trás, ao ver Jake ser coberto por sementes da Árvore da Vida – consideradas espíritos puros –, Neytiri resolve levá-lo para Árvore-Lar, onde vive o seu clã. Neytiri, a partir de então, passa a ser tutora de Jake para sua ambientação entre os Na’vis.
O problema é que o clã vive em cima de uma das maiores reservas de unobtânium de Pandora. Por isso, o Coronel Miles (Stephen Lang) busca o uso da força bélica para lidar com os Na’vis, surgindo conflitos entre ambos os lados, principalmente pelo fato de os humanos não respeitarem o modo de vida dos nativos, o que irá desencadear o ápice do filme.
O filme consegue mostrar a visão etnocêntrica dos países imperialistas sobre lugares que possuem riqueza a ser explorada e que possuem uma cultura diferente da sua, sendo considera inferior, além de oprimir os povos que ali residem. Por não reconhecerem a cultura do outro, tendem a impor, por meio de ensinamentos e instituições que não pertencem à cultura local, causando muitas vezes um choque cultural em ambas as partes. Além disso, o filme passa uma mensagem sobre o cuidado com o meio ambiente e o modo que exploramos os recursos de nosso planeta.
Avatar foi um marco da tecnologia usada no campo cinematográfico, sendo uma das produções mais caras e uma das maiores bilheterias da história. O filme foi indicado a vários prêmios do cinema, inclusive ganhando três Oscars.