Dia Internacional da Juventude: O papel da Juventude Política
Ser jovem vai muito além da rebeldia. Foi-se o tempo em que tínhamos apenas que ouvir ordens. Hoje a beleza da juventude é admirada pela criatividade e pela coragem. Neste mundo em que somos cada vez mais cobrados, existem aqueles que querem provar o contrário, indo além de meras características juvenis e que querem mostrar que são cheios de sonhos e planejamentos, precisa sempre de alguém que acredite nos seus sonhos e que não seja exatamente jovem na idade, mas de alma.
Em homenagem a esta juventude que ainda sonha com as mudanças políticas, a ONU criou o dia Internacional da Juventude, no ano de 1999. A Organização não o intuito apenas de homenagear, mas para que as nossas autoridades voltem sua atenção para quem irá construir o dia de amanhã, ou melhor, criem meios de incentivar cada vez mais a juventude, a fim de que participem dos planejamentos de políticas públicas com ideias inovadoras.
A juventude de hoje está muito mais conectada, mais “politizada” e utiliza sua influência para causar impactos na sociedade. Um dos exemplos foram as manifestações que ocorreram em junho de 2014, quando todos foram para as ruas pedir reforma política e, para isto, utilizaram as redes sociais como forma de mobilização. O que poucos sabiam é que para transformar/mudar o país, não precisamos de quantidade e sim qualidade, qualidade que não se via nos argumentos da maioria.
Outro exemplo é a luta pela não redução da maioridade penal, em que grande parte da população sendo leiga de informações sobre o ranking de violência no país acaba concordado com tal absurdo. Hoje, no Brasil, o jovem é mais vítima da violência e, aprovar como lei a redução, é o mesmo que abrir espaço para vivermos sob um verdadeiro caos aonde crimes ocorrerão com mais intensidade.
“Dos 21 milhões de adolescentes brasileiros, apenas 0,013% cometeu atos contra a vida. Na verdade, são eles, os adolescentes, que estão sendo assassinados sistematicamente. O Brasil é o segundo país no mundo em número absoluto de homicídios de adolescentes, atrás da Nigéria” (UNICEF, 2015).
Ainda é pequena a proporção da juventude que realmente quer fazer parte das decisões políticas ativamente. A falta de interesse pela maioria, muitas vezes, se deve talvez ao medo de que seus sonhos sejam utópicos demais para que sejam alcançados e acabam se contentando com simples sonhos, ou mesmo, por falta de senso crítico, e que não devemos esperar que seja formada em nossa educação em casa e nem nas escolas.
Portanto, a ONU, assim como outras entidades, vem abrindo seus espaços para que os jovens possam opinar nas estratégias políticas dos Estados, entre elas estão as conferências da juventude e os movimentos juvenis presentes no mundo todo com suas diversas pautas para as lutas.
No Brasil, foi sancionado no dia 5 de agosto de 2013 o estatuto da juventude que visa aprofundar cada vez mais os direitos já previstos por lei, atendendo as necessidades especificas do jovem como acesso educação, cultura, saúde, lazer e emprego objetivando uma maior participação nas decisões do Estado para promover o bem-estar social, claro, respeitando as suas caminhadas e diferenças. Ainda temos um longo caminho pela frente, mas como disse Renato Russo em sua música Tempo Perdido:
“Temos nosso próprio tempo...
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens”.
REFERÊNCIAS
SITE OFICIAL DO PORTAL BRASIL. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2013/08/estatuto-da-juventude-passa-a-vigorar-no-pais acesso em: 8 de Julho de 2015.
Site Infojovem. Participação Política. Disponível em: http://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-aprenda/participacao/participacao-politica/ acesso em: 8 de julho de 2015.
VANNUCHI, Paulo. Juventude tem energia para se opor a escalada de Eduardo Cunha. 8 de julho de 2015. Disponivel em: http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2015/07/juventude-tem-energia-para-se-opor-a-escalada-golpista-de-eduardo-cunha-6594.html acesso em: 8 de julho 2015.
STAHL, Gary. ONU é contra a redução da maiorirdade penal. 18 de Março de 2015. Disponível em: http://www.unicef.org/brazil/pt/media_29163.htm acesso em: 08 de Julho 2015.