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Os 70 anos da explosão de Hiroshima: perspectivas para um desarmamento atômico mundial


70 anos após as explosões atômicas em Hiroshima e Nagasaki, o mundo ainda enfrenta o perigo real de acidentes nucleares – devido às usinas que utilizam esta fonte de energia – além de lidar com o programa nuclear iraniano, por exemplo, que alimenta o debate sobre ameaças militares. Por isso, a tecnologia nuclear segue, mais de meio século depois da Segunda Guerra Mundial, representando um grande risco para a humanidade.


Atualmente, estima-se que pelo menos nove países possuem armas atômicas, desde os membros do conselho de segurança da ONU – EUA, China, Reino Unido, Rússia e França – até países em zona de conflito como Israel, índia, Paquistão e Coreia do Norte, por exemplo.


Além destes, o Irã atualmente manipula urânio com a justificativa de produzir energia, afirmativa esta que encontra bastante desconfiança ao redor do mundo. Porém, mesmo que o Irã não pretenda utilizar o urânio para fins militares, a própria produção de energia baseada neste tipo de tecnologia é considerada um risco, pois um acidente em uma usina nuclear pode tomar proporções catastróficas: basta observar o que ocorreu em Fukushima, no Japão, no ano de 2011. Além da radiação, a produção de energia nuclear também pode acarretar danos ao solo, aos lençóis freáticos, etc.


Mas, se por um lado os defensores dessa corrente contam com o apoio do Greenpeace no Brasil, por exemplo, também, aqui há setores da sociedade que defendem a produção de energia nuclear. Estes se utilizam de argumentos que incluem o fato de o país ter a sexta maior reserva de urânio do planeta e que no mundo atual é impossível viver sem energia, sendo toda essa reserva capaz de sustentar a produção de energia para toda a população brasileira por até dois séculos, segundo especialistas do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.


Desta forma, fica claro o embate entre as duas correntes e o perigo local que a manipulação nuclear carrega consigo. No entanto, em escala global, o perigo é ainda mais latente: o que representa o investimento em armamento militar nuclear em pleno século XXI?


Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a promoção do desarmamento nuclear deve ocupar posição prioritária na agenda da comunidade internacional. Sendo assim, o Brasil tem firme compromisso com a não-proliferação destas armas, possuindo acordos feitos tanto a nível global quanto local, sendo um deles com a Argentina: o Acordo para o Uso Exclusivamente Pacífico da Energia Nuclear, por meio do qual os dois países renunciaram, conjuntamente ao desenvolvimento, à posse e ao uso das armas nucleares e afirmaram seu compromisso com o uso exclusivamente pacífico da energia nuclear.


Mas não é assim em todo o mundo. A cada cinco anos, os Estados signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) realizam uma conferência para examinar a implementação do desarmamento e promoção do uso pacífico da energia atômica. Este ano, a ONU advertiu sobre o fracasso das potências mundiais em liderar o desarmamento nuclear e honrar o pacto de garantia entre as cinco potências nucleares - Grã-Bretanha, China, França, Rússia e EUA - e os países sem armas atômicas que concordaram em abandonar suas ambições nucleares em troca da promessa de desarmamento.


Contudo, 45 anos depois, os países sem armas nucleares se sentem cada vez mais enganados com o pacto, já que a frustração sobre a lentidão no desarmamento envolve especialmente Estados Unidos e Rússia, que realizaram poucos esforços para reduzir seus arsenais desde 2011.


No entanto, 2015 trouxe também uma boa notícia: Um grupo de 107 países, inclusive o Brasil, endossou o “compromisso humanitário” proposto pela Áustria, comprometendo-se a empenhar-se para “estigmatizar, proibir e eliminar as armas nucleares tendo em vista suas inaceitáveis consequências humanitárias e riscos correlatos”.


Segundo o Itamaraty, no âmbito da não proliferação a América Latina e o Caribe foi a região pioneira em colocar limites à corrida armamentista nuclear. O Tratado de Tlatelolco, de 1967, propiciou o estabelecimento da primeira Zona Livre de Armas Nucleares em região densamente povoada. Todos os 33 Estados da América Latina e do Caribe são partes no Tratado de Tlatelolco e membros do Organismo para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (OPANAL).


REFERÊNCIAS


http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2015/04/22/interna_mundo,480372/onu-adverte-sobre-paralisacao-no-desarmamento-nuclear.shtml. Acesso em: agosto de 2015.

http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=146:desarmamento-nuclear-e-nao-proliferacao-nuclear&catid=77&Itemid=435&lang=pt-BR. Acesso em: agosto de 2015.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-08-10/hiroshima-e-nagasaki-70-anos-depois-mundo-ainda-vive-ameaca-nuclear.html. Acesso em: agosto de 2015.

http://oglobo.globo.com/opiniao/desarmamento-nuclear-questao-humanitaria-16396282. Acesso em: agosto de 2015.

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