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A influência do plano ambiental dos EUA em preparação para a COP21


Nos últimos anos as matrizes energéticas ganharam destaque entre os temas globais. Diante disto, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem promovido esforços para a efetivação de resultados conjuntos acerca do assunto. Dentre eles está a Conferência das Partes (COP), órgão supremo decisório no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB.


A COP21, que será realizada em dezembro deste ano, em Paris dará sequência à construção de medidas que visam planos sustentáveis para a conservação do planeta. Todavia, as expectativas para esta reunião são de uma transformação nas concepções sobre negociações acerca das mudanças climáticas.

As desesperanças, resultadas da falibilidade dos últimos tratados internacionais, como o Protocolo de Kyoto, geram um clamor por mais realizações e menos discursos. Por este motivo, o que se espera da COP21 é, de fato, que haja um decisivo acordo global sobre mudanças climáticas.


Os motivos que provocam essa falibilidade estão centradas no exercício da realização de interesses de Estados específicos. A redução de CO2 não implica apenas em um ato de cooperação, mas também põe em questão interesses econômicos de grandes produtores industriais, como Estados Unidos, e China e em países emergentes, por exemplo, como o Brasil.


O Brasil e os Estados Unidos concentram propostas, firmadas em junho deste ano, para ter 20% das suas matrizes energéticas provenientes de fontes renováveis até 2030. Lembrando que as propostas definidas na COP21 entrarão em vigor em 2020. Neste âmbito, o acordo entre Estados Unidos e China, realizado em 2014, visa o corte entre 26% e 28% de emissões de gases danosos até 2025 por parte dos Estados Unidos, que tem fonte de energia centrada no petróleo, e por parte da China, que tem sua matriz energética com base no carvão, e pretende até 2030, ter cerca 20% da energia de fontes limpas e renováveis. Esta é uma meta ousada, e para alguns até inalcançável.


Entretanto, o fracasso do cumprimento, por exemplo, do Protocolo de Kyoto e da COP20 coloca em situação de desconfiança as propostas que devem ser apresentadas neste ano. Diante disto, a COP21 vem carregada de esforços pra uma mudança efetiva.


A tão esperada “Economia Verde” é apontada como o caminho que sustentará a humanidade. O desafio de se ter sociedades, não apenas em crescimento, mas também desenvolvidas é um ponto sensível nos debates sobre sustentabilidade. Visualizar “Crescimento” sem “desenvolvimento”, baseado apenas no modelo de produção atual, é modelo falido, que perpetua mazelas, afirma Veiga (2015).


O que está em voga é que, com ou sem acordo, há uma necessidade latente dos Estados de promoverem políticas que visem a adaptação de suas realidades às questões climáticas. Pela vigésima primeira vez o mundo estará envolvido em debates a respeito do assunto, o que para alguns já se tronou um enfado, diante dos poucos resultados.


Diante disto, fica em questão o fracasso das últimas negociações. Agora, cabe saber se os Estados Unidos, desta vez, irão garantir seu discurso e sua influência sobre os demais Estados, bem como na elaboração de acordos pré-definidos para a COP21, ou será o evento apenas mais um para a coleção das COPs.




REFERÊNCIAS

Globo News. França começa preparativos para conferência COP21. Acessado em 15 de ago de 2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=a9dFrPyS0CY >

Ministério do Meio Ambiente. Conferência das Partes -COP. Acessado em 16 ago de 2015. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/biodiversidade/convencao-da-diversidade-biologica/conferencia-das-partes>

G1. EUA e China Anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes. Acessado em 15 de ago de 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/11/eua-e-china-anunciam-acordo-para-reduzir-emissao-de-gases-poluentes.html>

VEIGA, José Eli. Canal Futura. Desenvolvimento sem crescimento- Entrevista. Acessado em: 15 ago de 2015. Disponível em :<https://www.youtube.com/watch?v=OLH3rNxGxP8>


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