A importância do Acordo Nuclear iraniano para a Política Externa de Barack Obama e suas influências
Desde 1979, com a Revolução Iraniana, a situação econômica do país encontra-se estagnada, principalmente por ver sua economia sufocada pelas grandes potências. A partir do acordo nuclear firmado com a Rússia, em 1995, e da eleição do líder Mahmoud Ahmadinejad em 2005, o Irã chamou a atenção das nações vizinhas e dos EUA.
Isto se deve às novas apoderações nucleares e de mudanças que o país pretendia fazer em determinadas regiões em relação ao enriquecimento do urânio, como de Saghand e Jasd. Enquanto isto, o então líder alega que o Ocidente age contra os interesses islâmicos e conter a economia iraniana com medo de represálias que não serão acometidas, como ameaças de bombas em territórios de aliados norte-americanos.
Por este motivo, além de se assegurar nas inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que está ligada a ONU, autoridades ligadas ao governo iraniano e a grupos de pesquisa não governamentais, afirmam que o estudo do uranio visa aumentar a produção de energia elétrica no país.
Aparentemente, depois de muitos confrontos verbais entre os líderes iranianos e dos EUA, o Conselho de Segurança enxergou uma “solução” para reparar as ameaças ditas por Barack Obama como “uma afronta à diplomacia internacional”. O Conselho irá ratificar o acordo assinado pelo Irã e, acredita-se que haverá um levantamento das sansões que asfixiam as relações iranianas com outros países, principalmente com os vizinhos do oriente médio. O projeto de resolução prevê um levantamento das sansões econômicas internacionais impostas ao Irã no mesmo sentido em que o Teerã reduza sua capacidade de fabricação de uma arma atômica.
As declarações do secretário de Estado dos EUA são bem nítidas perante a não violação do acordo, por isso, é necessário “evitar que o Teerã cometa novos atos contra as decisões internacionais de acordos nucleares”, como coloca John Kerry. Além de mostrar quanto os EUA tem mudado sua Política Externa, principalmente com aqueles que o tinham como inimigo.
No caso do Irã, vimos que as mudanças não ocorreram de fato na formação do projeto, mas sim na sua diminuição e maior monitoramento. Segundo o próprio presidente Barack Obama, o “mundo ficará mais seguro, através das discussões diplomáticas” e acordos que permitem ganho para os dois lados.
REFERÊNCIAS
ADGHIRNI, Samy. Os Iranianos. 1 ed. São Paulo: Contexto. 2014.
BBC BR. EUA e Irã anunciam acordo nuclear; para Israel, é 'erro histórico'. Acesso em: 16 de ago 2015. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150714_iraeuaacordo_ebc>
BBC News. Iran nuclear crisis: Six key points. Aceso em: 16 ago. 2015. Disponível em: <http://www.bbc.com/news/world-middle-east-32114862>
G1. Acordo nuclear não visa 'reformar' regime do Irã, diz secretário dos EUA. Acesso em: 16 de ago. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/07/acordo-nuclear-nao-visa-reformar-regime-do-ira-diz-secretario-dos-eua.html>