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Roberto Azevêdo e a Organização Mundial do Comércio


A análise sobre a dinâmica das Relações Internacionais sempre foi uma das questões chave para interpretar o cenário mundial. Enquanto as guerras dominavam as relações de cooperação e de conflito no passado, atualmente há novos interesses e possibilidades de interação que influem nas relações entre Estados. Estas vão além da integração política e recorrem no âmbito econômico e, assim, interligam a política, a economia junto à cultura, visando o desenvolvimento, aspectos que antes eram responsabilidade somente dos Estados.



Deste modo, as Organizações Internacionais agem como atores de suma importância no cenário internacional, pois intermediam tratados e criam possibilidades que antes eram impensáveis. Diante disso, supervisionar e liberalizar o comércio internacional facilita as trocas comerciais entre os países. O intercâmbio de mercadorias e serviços (comércio mundial) são administradas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), a qual é e liderada atualmente pelo ilustre brasileiro Roberto Azevêdo.


Nascido em 3 de outubro de 1957, em Salvador, Roberto Carvalho de Azevêdo se formou em engenharia elétrica pela Universidade de Brasília, antes de se tornar diplomata pelo Instituto do Rio Branco. Em 1984 ele iniciou sua carreira na diplomacia do Brasil e foi primeiramente posto na embaixada de Washington, nos Estados Unidos e, logo após, na embaixada em Montevideo.


Com a intenção de migrar do âmbito político para o econômico, Roberto Azevêdo foi remanejado para uma Missão Permanente do Brasil em Genebra e ainda foi nomeado chefe do departamento econômico do Ministério e, de 2006 a 2008, foi secretário-geral dos assuntos econômicos.


Naquela época, Azevêdo já trabalhava em conjunto com a OMC. Seu diferencial foi a visão estratégica: dirigia os variados contenciosos com a perspectiva ampla e clara que contribuía para criar jurisprudência e uma OMC mais eficaz, articulando consensos entre Norte e Sul. De acordo com Azevedo, “o importante é conseguir um resultado satisfatório - para ambas as partes- quando as diferenças são muito grandes". Por conta do seu trabalho, Roberto Azevêdo foi eleito em setembro de 2013 Diretor Geral da Organização Mundial do Comércio, ultrapassando nove candidatos. Isto demonstra a confiança que os países têm na formação dos diplomatas brasileiros.


A Organização Mundial do Comércio possui personalidade jurídica e surgiu com o objetivo de proporcionar e regulamentar o livre comércio entre as nações participantes. Ela iniciou suas atividades em 1º de janeiro de 1995 e desde então tem atuado como a principal instância para administrar o Sistema Multilateral de Comércio, hoje contando com 160 membros.


A todo instante, nota-se a cooperação econômica entre os países baseada nos princípios da OMC e nas soluções criativas de Roberto Azevedo aos conflitos comerciais. A exemplo disto vemos a atuação dedicada aos países emergentes, incluindo o Brasil, no qual se dedicou altamente para a fixação de acordos e tratados comerciais que garantisse que as trocas comerciais se fizessem de forma livre, segura e em benefício de todos. É por meio da OMC que o Brasil se transformou em um dos maiores negociadores mundiais junto à União Europeia, Japão, China, Índia, Estados Unidos, Alemanha e Austrália.


Sem receios, Roberto Azevedo foi vitorioso em vários litígios comerciais do Brasil contra os países mais ricos, como no caso dos subsídios para o algodão, contra os Estados Unidos, bem como das subvenções à exportação de açúcar contra a União Europeia. No entanto, o que mais dificulta o funcionamento eficiente da OMC de Roberto Azevêdo são as políticas protecionistas impostas por vários países, incluindo o próprio Brasil, que recentemente incentivou altas taxas fiscais em mais de cem produtos importados, anulando as tentativas de acordos comercias.


Apesar disto, Roberto Azevêdo, que é fluente em todas as três línguas oficiais da OMC (Inglês, Francês e Espanhol) continua a ser o “construtor de consensos” e o “opositor do protecionismo”, buscando incansavelmente melhores condições comerciais entre os países, sejam das Américas, da Europa, da África ou da Ásia.



REFERÊNCIAS


BOURCIER. Nicolas. Roberto Azevedo's WTO appointment gives Brazil a seat at the top table. Disponível em: <http://www.theguardian.com/world/2013/may/21/azevedo-head-world-trade-organisation> Acesso em: 02 de setembro de 2015.

WTO Director-General: Roberto Azevêdo. Disponível em: <https://www.wto.org/english/thewto_e/dg_e/dg_e.htm> Acesso em: 02 de setembro de 2015.

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