O Terrorismo a partir do 11 de Setembro
Ao longo dos 14 anos que se passaram após os atentados às torres do World Trade Center, em Nova York, no dia 11 de setembro, as ações terroristas, ainda são frequentes no cenário internacional. Este ato violento, é uma das principais formas de ameaça brutal contra a humanidade a ser combatida no século XXI, para que se possa garantir a segurança e a Paz do Sistema Internacional. No entanto, essa missão ainda é um desafio para a comunidade internacional que tem presenciado, nos últimos anos, a expansão de complexas manifestações terroristas em outras dimensões de caráter religioso, político, étnico, etc.
O terrorismo pós 11 de setembro instaurou um período marcado pela luta contra o terror, tendo como principal ator no comando, os Estados Unidos, na tentativa de restaurar o equilíbrio de poder do Sistema Internacional. Contudo, as formas como foram conduzidas as ações praticadas pelos norte-americanos contra o terrorismo, geraram consequentemente dois conflitos que deixaram fortes marcas para a população do Afeganistão em 2001, com a imposição da intervenção da OTAN no país, e do Iraque em 2003.
Porém, estas duas guerras não colocaram fim as ações terroristas que se intensificaram no decorrer dos últimos anos ao redor do mundo. Exemplo disto, podemos ver os ataques na Tunísia, na Indonésia e no Quênia, em 2002. Em meados de 2003 ocorreram várias explosões no Marrocos, deixando várias pessoas mortas. Em 11 de março de 2004 um novo ataque semelhante ao de 11 de setembro ocorreu na Espanha quando alguns trens explodiram, deixando aproximadamente 170 mortos, causado por um grupo terrorista próximo a Al Qaeda. Neste mesmo ano outros três ataques ocorreram em Taba uma localidade no Egito e no Cairo, capital do país.
Em 2005 ocorreram os atentados ao metrô de Londres, cujas explosões atingiram o sistema de transporte público deixando muitas vítimas feridas e mortas. Após um ano ocorreu um triplo atentado no Egito, na cidade de Dahab. Em 11 de dezembro de 2007 aconteceram duas explosões na Argélia, onde as evidências são de um ataque da Al Qaeda.
Já em meados de 2009, ocorreu uma tentativa de explosão de um avião que saia de Amsterdã com destino a cidade de Detroit, nos EUA, por um nigeriano que foi capturado antes de realizar a ação. Na Rússia, em 2010, duas mulheres-bomba, pertencentes a um grupo terrorista, se explodiram em um metrô de Moscou, deixando mais de trinta pessoas mortas. Um ano mais tarde, na Rússia, outro atentado terrorista foi ocasionado por um homem bomba que explodiu no aeroporto internacional Demodedovo, em Moscou.
Assim, pode-se ver que as ações terroristas desde 2001 vêm crescendo e atingindo diferentes continentes, porém, nos últimos anos, o terrorismo motivado pela religião tornou-se uma das principais formas de expressão a ser encarado pela comunidade internacional, que tem enfrentado desde então, dificuldades para combater este tipo de ataque.
Muito disto se deve à expansão do grupo terrorista sunita Estado Islâmico, o qual é movido pela ideologia da religião islâmica, que tem recrutado adeptos de diferentes partes do mundo. Estes vêm se organizando em células semi-autónomas, e atacando consistentemente alvos que simbolizam os interesses inimigos como tem acontecido na França, no Iraque, na Síria, na Tunísia, no Kuwait, na Turquia, entre outros Estados.
Os atentados de 11 de setembro influenciaram expressivamente os acontecimentos que sucederam o período, como os conflitos no Afeganistão e no Iraque, assim como a reconfiguração do atual Sistema Internacional, que passou a ser mais anárquico com as complexidades das ameaças terroristas, e a Comunidade Internacional com a missão, nesses 14 anos, de reconstruir a estabilidade da Segurança Internacional e da Paz mundial.
A luta contra o terrorismo ainda é uma batalha longe de terminar, visto o frequente aumento no número de ataques deste tipo de violência. Por isso, é necessário, cada vez mais a cooperação entre os atores do Sistema Internacional, na garantia da paz frente às ameaças de terror produzidas pelo próprio ser humano contra sua espécie.
REFERÊNCIAS
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