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O futuro da União Europeia Diante das Crises Política, Econômica e Social


A União Europeia se encontra, em uma encruzilhada onde os países membros da zona de integração – que por muito tempo foi exemplo de bloco regional para o resto do mundo – voltam-se cada vez mais para discursos de âmbito nacional do que regional e coletivo. A falta de percepção dos líderes europeus, quanto a ideia de uma política monetária, teve como resultado a crise na zona do euro.


Do ponto de vista econômico, existe uma disparidade entre os membros do bloco quanto a capacidade de reunir reservas como forma de garantir a estabilidade. Países financeiramente mais frágeis, como Grécia e Portugal, ou economias até então consideradas mais fortes, como Itália e Espanha, vinham, há anos, gastando mais do que conseguiam arrecadar, ultrapassando o que foi instituído pelo tratado de Maastricht, de que a comunidade europeia, teria um limite de 60% entre a relação da dívida pública com o Produto Interno Bruto (PIB).


A crise na zona do euro está sendo suplantada através de um alinhamento de medida de austeridade, porém para os países periféricos da união, essas dimensões implicam em longos períodos de desempregos elevados, deflação e estagnação. Os economistas e cientistas vêm afirmando a necessidade de adotarem perspectivas que abrangem a questão da unidade fiscal, da competividade e a distribuição equitativa dos recursos.


A verdadeira derrota tanto na economia quanto na política, era se por ventura qualquer um dos Estados-membros da Zona do Euro rompesse com a União monetária – como a ameaça recente da Grécia da sua possível saída do acordo monetário – as repercussões resultantes de temor e efeito dominó poderiam levar a desestruturação da União Europeia como um todo. Os problemas estruturais citados, são analogias para mostrar os desafios a serem enfrentados pelo Euro, cujas respostas estão mais no campo político do que no campo econômico.


Longe de serem os únicos vetores da instabilidade europeia, a pior de todas as crises é na verdade a social, a qual vem acompanhada pela incapacidade sólida da política instituicional dos países europeus. Muito mais preocupante do que a crise econômica, são os problemas de declínio moral e de desunião política na Europa quanto a medidas efetivas na resolução de problemas sociais.


A realidade social atual da Europa é de uma total desumanização e desvalorização quanto aos princípios que regem o estatuto de direitos inerentes a vida. Existe grande dificuldade entre os líderes europeus, na conceitualização da mais real crise social na região. Não se trata somente de uma mera crise de migrantes, ou crise dos refugiados, o mundo assiste sem dúvida a uma incapacidade política, fruto de uma visão restrita do mal em si.


A proposta de distribuição dos refugiados entre países europeus, se dará em três percepções, se possível: parte desses indivíduos, serão alocados em guetos e associados a criminalidade, uma minoria (talvez) depois de um processo longo e doloroso, será integrada dignamente na sociedade aos países que os acolheram. E, a Europa jamais será a mesma.


As fronteiras europeias serão por um tempo indeterminado, a ponte para salvação. Esses refugiados carregam consigo apenas uma frase: “Esperança de um novo mundo sem guerras”. A miscigenação é um fato que não devemos esquecer: o mundo luta hoje contra males enraizados no interior de uma sociedade. Tais lutas não são mais somente com o externo, como conflitos interestatais e de cunho estruturalmente fundamentalistas, não podendo negligenciar a preocupação, quanto ao poder desta situação, para fomento de aspirações de militâncias radicais islâmicas na região.


O Futuro da Europa se mostra negativamente esperado, quando olhamos para a ascensão da extrema-direita e o insistente pensamento conservador da Europa, difícil será esperar ou prever uma paz iminente, frente aos problemas econômicos e a dificuldade política em resposta a crise social, se levarmos em consideração as abordagens etnocêntricas ocidentais.


Portanto, o caos humanitário instaurado na imagem do devaneio quanto a presunção de reconhecimento e aceitação do outro, tem feito países como a Croácia, e Hungria, por exemplo, fecharem as fronteiras, mostrando quanto a história Humana é intolerante. Uma Europa em paz perante ao sistema multi-civilizacional, terá que lograr busca pela expansão de valores, instituições e práticas que têm em comum com os outros povos de outra civilização e sustentar tolerância e harmonia religiosas.




REFERÊNCIAS

HUNTINGTON, Samuel P. Choque de Civilizações e a recomposição da ordem mundial; tradução de M.H.C.Cortês-Rio de Janeiro:Objetiva,2010.

Universitas Relações Internacionais/Centro Universitário de Brasília (Uniceub), Faculdade de Ciências Jusídicas e Sociais (FAJS).-vol.10.no 2 ( jul/Dez.2012)-Brasília:Uniceub,2012-

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