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As Eleições Presidenciais da Argentina e as Perspectivas Políticas na América Latina

Após mais de uma década, pela primeira vez o sobrenome Kirchner não participa de uma disputa presidencial na Argentina. E, pela primeira vez, o novo presidente será escolhido em um segundo turno, fato que foi recebido com surpresa tanto pelos argentinos, quanto para a comunidade internacional.

O candidato “kirchnerista”, Daniel Scioli, da coligação Partido Frente Para la Vitoria, recebeu 36,8% dos votos, um número bem abaixo do que previam as pesquisas eleitorais e bem mais perto do segundo colocado, o candidato de centro-direita e anti-peronista Maurício Macri, da Cambiemos, com 34,3%.

Maurício Macri tem chances reais de vencer a eleição no dia 22 de novembro. As novas pesquisas já apontam seu nome na primeira colocação. Já Sérgio Massa da coligação Una Nueva Alternativa, terceiro colocado no primeiro turno e ex-kirchnerista, declarou que “os eleitores disseram que não querem continuidade”, mas não anunciou apoio ao candidato da oposição.

Muitos cientistas políticos comparam o resultado da eleição na Argentina com o das últimas eleições presidenciais no Brasil. O país vem acumulando dados negativos como a recessão da economia, aumento do desemprego e inflação em uma situação quase crônica. Porém, neste cenário negativo, a ida para um segundo turno não decreta uma derrota do governo populista dos Kirchner.

Deste modo, o que vem acontecendo na Argentina e no Brasil também se observa que está presente em outros países sul-americanos como Equador e a Venezuela. Os governos de esquerda vêm sofrendo pressão popular por causa das crises econômicas e políticas que enfrentam, governos estes que por anos se beneficiaram do alto preço das commodities, da desvalorização do dólar e do crescimento chinês e agora enfrentam a queda do preço do petróleo.

Scioli recebeu apoio de todos os presidentes ditos bolivarianos, enquanto Macri já garantiu dar continuidade aos programas sociais do governo Kirchner e aos acordos regionais, mas também se espera que ele aumente o leque de opções de acordos internacionais da Argentina. Ademais, ambos concordam que o país precisa passar por um ajuste nas contas públicas, a diferença será na maneira como será realizada e como a população será afetada.

Portanto, a crise política pela qual o Brasil vem passando, bem como a disputa de um segundo turno na Argentina sem um Kirchner, demonstram como os governos de esquerda estão apresentando dificuldades para dar continuidade ao seu plano para uma América Latina forte e unificada, ainda que seja, para alguns, uma incógnita saber qual a melhor opção para substitui-la.


REFERÊNCIAS


http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150105_america_latina_economia_mdb_lgb Acesso em: Novembro, 2015.


http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-documento/videos/t/outros-programas/v/entre-aspas-as-eleicoes-na-argentina-e-as-perspectivas-politicas-na-america-do-sul/4569231/ Acesso em: Novembro, 2015.


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