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Investimentos Internacionais na África



O continente africano vem sendo cada vez mais atraente para o investimento estrangeiro. Pesquisas realizadas demonstraram que a Àfrica é o segundo destino do mundo para o investimento, chegando a atrair 17,1% dos investimentos estrangeiros diretos no ano de 2014, contra 7,8% em 2013.


Os capitais investidos diretamente na África, em 2014, chegaram a 128 bilhões de dólares, representando uma alta de 136%, em comparação a 2013. O principal destino tem sido a África do Norte, especialmente em Marrocos e Egito, que contam com os projectos de ampliação do canal de Suez, da modernização das linhas férreas egípcias e da construção de instalações portuárias.


A crise econômica mundial tem acentuado uma postura de replanejamento no que concerne ao mercado de investimentos internacionais, beneficiando de forma direta os países em desenvolvimento, como os da África, que passaram a se destacar como uma nova fronteira de oportunidades.


Apesar do investimento logrado se concentrar primordialmente no setor de matérias-primas, áreas como tecnologia da informação e da infraestrutura tem mostrado progresso e dinamismo. Houve grande reformulação política no continente que pudesse dar suporte às empresas estrangeiras, como também implementação de políticas que tenderiam a melhorar a imagem da região frente aos investidores.


Os países da Ásia, como a Índia e a China, se posicionam como principais investidores e financiadores do desenvolvimento nos países africanos, principalmente em aspecto de industrialização e urbanização, com vista à programas de intercâmbio comercial bilateral.


De acordo com analistas internacionais, o principal interesse da Índia na África é obter fontes suplementares de energia para sua economia, em constante crescimento. E, por outro lado, o país asiático pode oferecer tecnologia a baixo custo para a produção de medicamentos e financiamento para projetos locais. A China tem ampliado consideravelmente suas parcerias no continente, através de investimentos diretos e acordos comerciais. O governo chinês criou a “Agência de Desenvolvimento Sino-Africano”, no qual tem realizado projetos que enquadram-se em diversas áreas referenciais, como a agricultura, educação, saúde e na construção de infraestruturas de grande porte, como usinas hidroelétricas.


A redução de assimetrias sociais como fruto de acirramento dos investimentos estrangeiros, tem sido de destaque para países como Gana e Botswana que vem recebendo financiamentos multilaterias para ampliação de melhoriais na sociedade, vindo de vários projetos comerciais, inclusive do Brasil, no âmbito de produção e exploração de biocombustível e petróleo nesses países. Esta aproximação brasileira com o continente africano demonstra um dos mais acertados desdobramentos recentes da Política Externa brasileira, na busca pela inserção internacional, e para sua consagração como potência mundial. O destaque também vai para Rússia, EUA, Alemanha, Portugal e a Inglaterra que redirecionaram investimentos na África para a indústria de mineralização, que a passos lentos conquistam parcelas significativas do mercado africano nas grandes metalúrgicas e petrolíferas.


A localização geográfica da África, permite afirmações estratégicas e uma disputa em escala global, devido ao acesso às matérias-primas e recursos minerais essenciais para dinamização do capitalismo mundial. Esse percentual geoestratégico permite a derrubada da imagem de um continente esquecido para um parceiro fundamental nessa economia mundial globalizada e interdependente.


Estamos perante uma região que cresce a um nível acelerado, onde o setor privado se expande e uma nova classe de consumidores vem exercendo um poder de compra considerável. Com uma população jovem, a tendência para o crescimento é exponencial se o ambiente for preparado para aproveitar e absorver o potencial dos investimentos estrangeiros e as ferramentas locais.


A deficiência do continente se encontra nas peculiaridades quanto a capacidade de absorção de igual forma em todos os países. Apesar da entrada do capital externo ser de proporção elevada na maioria dos países, a dificuldade está na conduta dos regimes políticos fundamentados muitas vezes na corrupção, tendo como consequência o não aproveitamento social desses investimentos, que acabam minando qualquer tipo de presunção internacional de ingerência financeira, o que gera a necessidade de premeiar posturas associavéis a essa nova agenda econômica mundial, em busca de um crescimento com o viés desenvolvimentista.


REFERÊNCIAS


ALVES, André Gustavo Miranda Pineli .OS INTERESSES ECONÔMICOS DA CHINA NA ÁFRICA. Disponível em <http://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/boletim_internacional/100621_boletim_internacional01_cap5.pdf .Acesso em: 15.11.2015


El País. Obama oferece investimentos à África para frear a influência da China. Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/08/05/internacional/1407262134_673575.html> acesso em:15.11.2015


ICTSD. África na fronteira dos investimentos internacionais. Disponível em: <http://www.ictsd.org/bridges-news/pontes/news/%C3%A1frica-na-fronteira-dos-investimentos-internacionais>.Acesso em:15.11.2015

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