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Irina Bokova: A Busca do Diálogo pela Educação


Todos sabem que em nosso país, há tempos se observa a queda da taxa de analfabetismo. De acordo com o IBGE, esta taxa está estimada em 8,3% da população (13,2 milhões de pessoas), marco importante para um país cuja população está acima dos 205 milhões de pessoas. Diante disto, muitas vezes nós nos perguntamos “o que falta para o Brasil crescer?”, porém, esquecemos que somos nós que vamos provocar este progresso, por exemplo, por meio do investimento na cultura, na pesquisa científica e especialmente na educação para todos. Essas premissas compõem as metas básicas da UNESCO, não somente no Brasil, mas num âmbito global.


A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura é chefiada atualmente pela búlgara Irina Georgieva Bokova, primeira mulher diretora geral da UNESCO. Em seu mandato tem buscado criar as condições de diálogo entre as civilizações, as culturas e os povos do mundo, respeitando os valores socialmente compartilhados. A diretora geral também tem mobilizado uma coalização internacional para o avanço na igualdade de gênero, na qualidade e educação para todos, e no combate contra os meios de financiamento do terrorismo.


Irina Bokova nasceu no dia 12 de julho de 1952 em Sofia (Bulgária), é diplomata e política, formada no Instituto de Relações Internacionais de Moscou, na Rússia, também fez especializações na Universidade de Maryland e nas escolas de Economia e de Governo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.


Durante os seus primeiros anos de atividade profissional, Irina Bokova foi ministra dos Negócios Estrangeiros e embaixadora da República da Bulgária, na França e em Mónaco. No cenário político, Bokova afiliou-se ao Partido Comunista Búlgaro (PCB), que governou a Bulgária de 1946 a 1990, apesar disso, ela seguiu a carreira diplomática e hoje defende os objetivos de uma das Organizações Internacionais mais importantes do Sistema Internacional. Admais, Bokova é poliglota, fala perfeitamente inglês, espanhol, francês e russo, para defender os valores do diálogo, diversidade, dignidade e direitos humanos.


Se levarmos em consideração a importância destes valores e como eles são implementados na sociedade brasileira, chegaremos à conclusão de que os noticiários e o diálogo comum têm sido caracterizados em larga escala nos aspectos negativos e antinacionalistas como a violência generalizada, em específico contra mulheres e a corrupção, tanto política como educacional (falta de compromisso acadêmico aos estudos que, leva à corrupção profissional).


Estas questões são amplamente difundidas pela mídia internacional, que também busca os seus próprios interesses específicos. A burocracia institucional das várias entidades privadas e públicas dificulta o diálogo progressivo que leva a políticas educacionais que incentivem os valores tão necessários a uma nação como o Brasil.


Internacionalmente, Irina Bokova tem implementado várias medidas que realmente irão confirmar mudanças positivas para o prosseguimento do Desenvolvimento Sustentável, particularmente nos Estados do continente africano. Por outro lado, no Brasil, um relatório da UNESCO mostrou que dez países concentram 72% dos adultos analfabetos no mundo e o Brasil era um deles, ocupando a oitava posição. Isto demonstra que ainda há muito a melhorar no âmbito educacional mundial, sendo imprescindível a participação da UNESCO nesse progresso.


Portanto, Irina Bokova continua sendo reconhecida mundialmente pelos seus esforços como diretora geral da maior entidade da ONU, e recentemente, com o término do segundo mandato de Ban Ki-moon como secretário geral, Irina Bokova já foi posta como potencial candidata para a vaga, recebendo merecidamente apoio de muitos países.


REFERÊNCIAS


MEC. Pesquisa aponta redução do analfabetismo em todo o país. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=31991> Acesso em: 23 de novembro de 2015.


UNESCO. Irina Bokova. Disponível em: <http://www.unesco.org/new/en/unesco/about-us/who-we-are/director-general/biography/> Acesso em: 23 de novembro de 2015.

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