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As Reverberações dos Atentados de Paris Para a Segurança na Europa


Na noite do dia 13 de dezembro de 2015, aconteceram em Paris ao menos cinco ataques simultâneos em uma região boêmia da cidade, os quais deixaram aproximadamente 129 mortos. O ataque colocou a França e toda a Europa em estado de alerta.

O grupo que se autodenomina Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques, o que traz novamente à tona a discussão sobre terrorismo. Mais uma vez um Estado se encontra à mercê de uma entidade não-estatal, sem legitimidade, configurando atores que não são novos e que trazem toda uma nova dinâmica às Relações Internacionais.

Desde os ataques de 11 de setembro as nações procuram formas de lutar contra este inimigo sem rosto e sem pátria que é o terrorismo. E, todo poder e capacidade de destruição que estas organizações demonstram criam uma nova demanda para o Estado, criam a necessidade de reformas, principalmente na segurança. No entanto, se o inimigo, como já dito anteriormente, é sem rosto e sem pátria, como se defender dele? Como combate-lo?

No caso europeu, estas novas ações de segurança já vêm se desenvolvendo há um tempo. Desde o fim da Guerra Fria, e principalmente depois dos atentados do 11 de setembro, as medidas de segurança dos Estados começaram a se tornar mais específicas, dando mais ênfase ao individuo. Neste caso, vê-se a segurança humana.

Em casos de terrorismo, principalmente com o que se viu nos ataques de Paris, onde as vítimas foram civis, e o uso de violência foi exacerbado, há a difusão do medo, um terror psicológico acaba criando uma demanda por um tipo de defesa mais militar, além de repostas mais imediatistas que acabam por responder ao terror com ainda mais terror.

Para a Europa, que vêm procurando se posicionar internacionalmente como líder no desenvolvimento da segurança humana, a discussão acaba se tornando ainda mais profunda. O terrorismo é uma ameaça gravíssima à segurança, mas uma reposta meramente militar a estes ataques vai contra os princípios da segurança humana, que propõe ações mais sociais, que consideram o desenvolvimento como a principal arma contra a violência.

Para a Europa fica o desafio de conseguir conciliar as demandas por justiça e retribuição em relações aos ataques com a tendência que o mundo tem seguido de sustentar mais ações direcionadas para a segurança humana e para a responsabilidade social. O que se espera é que a comunidade internacional consiga lutar contra o terrorismo em suas causas e origens ao invés de, apenas, investir em uma guerra ao terror que apenas irá gerar mais violência.


REFERÊNCIAS


PROCÓPIO, Argemiro. Terrorismo e Relações internacionais. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v44n2/a04v44n2.pdf>. Acesso em: 15 de novembro de 2015.

XAVIER, A. I. M. A União Europeia e a Segurança Humana: um ator de gestão de crises em busca de uma cultura estratégica? Análise e considerações prospectivas. Coimbra: Universidade de Coimbra, 2010.

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