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Que horas ela volta?


Lançamento: 27 de agosto de 2015. Dirigido por: Anna Muylaert. Elenco: Regina Casé, Camila Márdila, Michel Joelsas e etc. Gênero: Drama. Nacionalidade: Brasil.


Dia 18 de dezembro, segundo o calendário da Organização das Nações Unidas (ONU), é comemorado o Dia Internacional dos Migrantes. Recentemente a Europa vivencia uma forte tendência migratória dos países do Oriente Médio, porém, migrante não é somente aquele que sai de seu país para outro. Migrante, segundo o Instituto Migrações e Direitos Humanos, é toda pessoa que se transfere de seu lugar habitual, do seu local de nascimento, para outro lugar, região ou país em busca de melhores condições de vida. Para homenagear esta data, a resenha de hoje será do filme brasileiro “Que Horas Ela Volta?”, que mostra de forma excepcional uma realidade antiga da sociedade brasileira. O filme conta a história de Val (Regina Casé), uma pernambucana que se muda para a cidade de São Paulo com intuito de conseguir um trabalho e oferecer melhores condições de vida para sua filha Jéssica (Camila Márdila), a qual permanece em Pernambuco aos cuidados dos parentes. Val trabalha na casa de Bárbara (Karine Teles) e Carlos (Lourenço Mutarelli), onde é babá do filho Fabinho (Michel Joelsas). A ligação que os dois possuem mostra claramente uma realidade contemporânea, na qual muitas vezes a educação dos filhos fica a cargo das babás, devido ao tempo que passam juntos quando os pais saem para trabalhar. O título do filme expressa claramente esta realidade. E, isto é mostrado desde o início, quando Fabinho pergunta a que horas sua mãe volta do trabalho e, também, em uma discussão entre Val e Jéssica, que fazia a mesma pergunta toda vez que Val ia visitá-la em Pernambuco e depois voltava para São Paulo. Val é tratada como se fizesse parte da família, apesar de ter um “abismo” que a separa de seus patrões. Ela dorme em um quartinho no fundo da casa, além de almoçar e jantar em ambiente separado. Este é um retrato da realidade de muitos brasileiros que convivem com empregadas, elas parecem ser da família, mas, na realidade, estão muito longe disso. Esta realidade é abalada quando Jéssica decide ir prestar vestibular para São Paulo. Val pergunta se sua filha poderia se instalar na casa dos patrões por uns dias – no caso, em um colchão no quartinho dos fundos – até conseguirem um novo lugar para morar. Porém, Jéssica se recusa a ser tratada desta forma e acaba ultrapassando os limites esperado pelos patrões de Val. O que até então parecia bem, começa a ser questionado pelos olhares críticos de Bárbara, que apesar de falar que Val é parte da família, e de ser gentil e boa no primeiro momento, revela-se em uma clara distinção de classes entre patrões e empregada. O filme recebeu diversos prêmios e elogios pelos festivais de cinema, ao mostrar de forma clara e sem muita caracterização uma realidade comum e muito pouco explorada, que vai se revelando ao longo do filme. Apesar de ser um filme denso e que prende a atenção do público, não deixa de arrancar risos devido a situações engraçadas vividas pelos personagens. REFERÊNCIA

Instituto Migrações e Direitos Humanos. Disponível em: <http://www.migrante.org.br/index.php/migrantes-quem-sao>. Acesso em: dezembro, 2015.


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