Amazônia e o Macroambiente Internacional
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Desde o início da década de 1960 a questão ambiental passou a ser assunto de importância mundial, visto que as demandas ambientais influenciavam diretamente na evolução econômica dos países, consequentemente, nas relações entre eles. Desta forma, uma a maior floresta tropical do mundo passou também a ser objeto de atenção mundial.
Neste sentido, no estudo das Relações Internacionais, a Amazônia passou a ser estudada com maior profundidade, entre as disciplinas do curso tem-se a Amazônia e o Macroambiente Internacional. O foco principal desta é estudar e analisar a região amazônica a partir da visão geopolítica e geoestratégica do curso.
Estudar a Amazônia sob a visão geopolítica, no âmbito das relações internacionais, mostra análises sobre a região associando o poder ao território. Ou seja, pelo fato de a floresta tropical influenciar diretamente na dinâmica dos Estados, ela passa a ser objeto de poder estatal, o qual precisa ser defendido e protegido por seus países, haja vista que o meio ambiente passou a estar em sincronia direta com o poder econômico mundial.
Além de ser fator determinante na economia, as florestas também são as principais causadoras das mudanças climáticas, quando não preservadas. Por esta razão, proteger a Amazônia passou a ser ainda mais necessário a todos os países. Diante disto, as discussões da comunidade internacional sobre meio ambiente se intensificaram e se dinamizaram, a fim de buscar formas sustentáveis de gerir as florestas e seus insumos, tudo isto associado à proteção do território.
Os encontros mundiais sobre meio ambiente iniciaram com maior força a partir da Conferência de Estocolmo (1972), seguida pela Rio 92 e pela Rio+20. Recentemente, em 2015, aconteceu um dos maiores encontros mundiais sobre questões climáticas, a COP21. Neste encontro, a questão da proteção e preservação da Amazônia, tanto na questão do território, quanto de seus insumos, foi a questão central das discussões, evidenciando que cada vez mais a floresta passa a ser objeto de atenção de todos.
Com isto, pode-se identificar que o estudo da Amazônia como disciplina, envolve também a questão da securitização da região, como analisa Bertha K. Becker, uma das principais autoras tradicionais sobre estudos amazônicos em âmbito internacionais.
Segundo a autora, a Amazônia representa a região de maior biodiversidade do mundo, o que a faz ser apreciada e desejada por inúmeros países. Ademais, ela defende que a securitização envolve não só a proteção do território, mas também científica e política.
O Brasil, neste sentido, tem papel principal, pois é o maior possuidor do território amazônico e deve estar preparado em todos os aspectos para proteger uma de suas maiores riquezas que é a floresta. Assim, a importância encontra-se não só na questão econômica, e sim ambiental, haja vista que a região também possui a maior reserva de água doce do mundo, sendo ainda mais fator de atenção mundial.
Daí destaca-se a importância de se estudar a Amazônia vista sob o Macroambiente Internacional. Por esta razão é de suma importância para o internacionalista estudar tal disciplina, pois é determinante para uma formação completa e de qualidade.
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