A Influência do TPP na Economia Latino-Americana
O Tratado Transpacífico (TTP) ou Trans-Pacific Partnership (TPP) é o maior acordo de livre comércio do Sistema Internacional (SI). Nele, encontramos 12 países economicamente divergentes, porém essenciais uns aos outros. O TTP tem como membros os Estados Unidos e Japão, que são economias com forte relevância no SI, os quais agem junto com os demais como Brunei, Cingapura, Austrália, Peru, Chile, México, Canadá, Nova Zelândia, Malásia e o Vietnã. Neste sentido, é válido ressaltar que estes 12 países somam um total de 40% do PIB mundial e detêm mais de 30% do comércio global. O Tratado que atuará com a redução de barreiras tarifárias para futuramente abolir quaisquer outras entre os países pertencentes, também transpassa a área comercial, operando em questões sociais, ambientais e de direito, como as questões trabalhistas e humanitárias, como por exemplo a criação do salário mínimo em Brunei. Desta forma, o grupo de países também têm como finalidade fomentar o desenvolvimento sustentável, além de se mostrar disposto a receber novos membros.
O TPP se mostra forte perante ao Sistema Internacional, visto que é um bloco comercial, no qual os Estados Unidos é a principal voz. Na América do Sul, o TPP se mostra um verdadeiro perigo para países como o Brasil e Argentina. Isto se deve ao fato de estes países serem grandes exportadores de commodities para os EUA, além de fazerem parte do MERCOSUL, o qual tem se mostrado em retrocesso, devido a relevância política do bloco, fator que já interferiu nos assuntos econômicos dos países. Diante disto, identifica-se que o TPP pode ser um grande obstáculo para o futuro do MERCOSUL, haja vista que o bloco sul-americano ainda se mostra isolado, portanto a queda nas exportações é inevitável. O Sistema Internacional demonstra que a criação de blocos econômicos tem sido um grande impulsor de economias e que a indiferença do MERCOSUL diante dessa "onda" pode prejudicar o desenvolvimento de seus Estados-membros. Ademais, a perda de competitividade também é outra possibilidade, pois as vantagens tarifárias que os países pertencentes ao Tratado ganham, nem se comparam aos que os membros do bloco sul-americano dispõem. É importante ressaltar que o MERCOSUL já possui acordos de intenção ao livre comércio com a União Europeia, mas estes nunca foram postos em prática. Face a esta nova "onda" liberal, é discutida a probabilidade da implementação destes, o que suscitará em maiores benefícios sociais, como por exemplo a abertura de novos mercados, o aumento nas pesquisas para novas áreas de desenvolvimento e consequentemente, maior atratividade no mercado e geração de fluxo de renda. O TPP ainda precisa ser aprovado em alguns países e sua prática ainda delongará. No entanto, o impacto da realização deste é um solavanco para uma nova cooperação internacional. E prósperos serão os Estados que souberem aproveitar os benefícios da integração econômica.
REFERÊNCIAS
Folha de S.Paulo. 8 pontos para entender o Tratado Transpacífico, acordo entre EUA, Japão e mais dez países. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/asmais/2015/10/1690329-7-pontos-para-entender-a-parceria-transpacifico-acordo-entre-eua-japao-e-mais-dez-paises.shtml.> Acesso em: 17 de Fevereiro de 2016.
Agência Brasil. EUA, Japão e mais 10 países assinam acordo histórico de livre comércio. Disponível em: <https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=9&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjy2Pnq5PXKAhVJQ5AKHbyODvsQFghbMAg&url=http%3A%2F%2Fagenciabrasil.ebc.com.br%2Feconomia%2Fnoticia%2F2015-10%2Ftratado-transpacifico-de-livre-comercio-e-assinado-por-12-paises&usg=AFQjCNHmtUZnKMV-0ZF-t0OADBLCqYdSzQ&bvm=bv.114195076,d.Y2I.> Acesso em: 17 de Fevereiro de 2016.