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Coreia do Norte e a Bomba H



No dia seis de janeiro deste ano, em um programa estatal de televisão da República Popular e Democrática da Coreia do Norte, foi revelado ao Sistema Internacional a realização bem-sucedida do primeiro teste do Estado utilizando uma bomba de hidrogênio, que pode ser até cinquenta vezes mais potente que uma bomba atômica.


Este já é o 4° teste de bombas nucleares declarado pelo país, e para a apresentadora da TV estatal norte coreana, o sucesso destes são a prova do avanço tecnológico existente no país. Entretanto, o país apesar da força política explicita, ainda é uma incógnita para muitos na ordem mundial e, declarações como estas trazem uma insegurança ainda maior, principalmente por se tratar de uma região cercada de conflitos históricos.


Desde o fim da Guerra Fria o Sistema Internacional iniciou a tentativa de um período contínuo de paz, gerando uma perspectiva mundial de que a aplicação de capital e tempo em armas diminuíssem, transformando os investimentos para projetos de desenvolvimento e cooperação.


A partir deste cenário, Park (1993) analisou que este território tinha como destino dois vieses geopolíticos: adaptar-se a asianização aliada aos modelos das grandes potências; e retirar as forças militares norte americanas da área, empenhando-se em um novo modelo, único e regional, de segurança. O que seria de difícil adaptação para muitos países, já que desde a guerra do Vietnã, os Estados Unidos se mantiveram presente na região, apoiando a Coreia do Sul em conflitos frente à Coreia do Norte.


A partir deste marco histórico, a Coreia do Norte intensificou seus estudos em armas, e mesmo estando sobre uma suspensão de conflito com a Coreia do Sul sempre se preocupou em mantê-la em alerta e se afastar ao máximo de qualquer ligação harmônica aos “imperialistas Yankees”, Estados Unidos da América. Sua história, aliando a qualquer ação do país a filosofia Junche, que segundo o líder da Coreia do Norte, Kim II-Sung, seria a ideologia suprema ao marxismo.


Nos anos 2000 a tensão diplomática entre Coreia do Norte e Estados Unidos estiveram explicitas na mídia. Em 2009 a Coreia do Norte declarou avançar em seus programas de enriquecimento de urânio, que alertou a todos do Sistema Internacional, e que evoluiu até os 4 declarados testes de bombas nucleares e neste ano a bomba de hidrogênio.


França, Alemanha, Austrália, Rússia, e a maioria dos representantes de importantes forças políticas do mundo deram parecer condenando a atitude da Coreia do Norte. A China, mais próxima aliada, recomendou publicamente aos jornais internacionais que, por este ser um ato que leva a uma inquietude intensa na região e ao risco eminente provocado, que se suspendam os testes de bomba de hidrogênio.


Kim Jong Un justificou o teste da bomba – H como forma necessária para proteger seu país e uma possível guerra nuclear com os Estados Unidos, alegando defesa de seu território, já que a busca pela paz de maneira eficaz na península coreana seria um direito legítimo do Estado.


Referências


Agências de Notícias. Kim Jong Um justifica teste da Coreia do Norte com Bomba de Hidrogênio. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/01/1727922-kim-jong-un-justifica-teste-da-coreia-do-norte-com-bomba-de-hidrogenio.shtml.>. Acesso em Fevereiro de 2016.


PARK, Hee Kwon. "Multilateral Security Cooperation", The Pacific Review, 6 (3):255, 1993.


NYE, Joseph S. “The case for deep engagement”. Foreign Affairs, 74 (4) , July/August 1995.

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