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Resenha: Pátria Proibida


Lançamento: 12 de janeiro de 2007

Direção: Christopher Dillon Quinn, Tommy Walker.

Elenco: Pathen Bior, John Bul Dau, Daniel Abol Pach, Nicole Kidman (Narradora)

Gênero: Documentário

Nacionalidade: Estados Unidos


Este documentário retrata a jornada de jovens refugiados do Sudão do Sul durante a guerra civil de 1983 a 2005, que teve início quando o governo muçulmano do Sudão impôs a charia no país, inclusive, no sul, onde a maioria é cristã e animista. Assim, em meio ao conflito, milhões de pessoas tiveram que fugir para a Etiópia e então para o campo de refugiados da ONU na fronteira com o Quênia.

O título original God Grew Tired of Us: The Lost Boys of Sudan, tem relação com o nome dado às milhares de crianças que percorreram quilômetros até o campo, os “meninos perdidos” e com a explicação de John Bul Dau que, após tudo o que viu durante a guerra, sentiu que estava vivendo o apocalipse que Deus havia se cansado deles após todas as atrocidades cometidas pelos homens.

O filme acompanha três jovens que sobreviveram a mais de cinco anos de caminhada até o campo de refugiados e conseguiram abrigo nos Estados Unidos, e apresenta os relatos de Pathen Bior, John Bul Dau e Daniel Abol Pach, sobre o processo de adaptação em uma realidade totalmente diferente, desde o momento de aprender a ascender a luz, usar o chuveiro, camas e lixeiro até as disparidades culturais como a falta de companheirismo entre os cidadãos e a pressa constante, pois afirma que ‘tempo é dinheiro”.

Além do choque cultural, o filme relata as dificuldades em conseguir emprego, os preconceitos, o medo de perder sua identidade cultural, e também a dificuldade de superar o trauma que sofreram na guerra, pois, um dos jovens, não suporta a situação e sofre um surto, sendo internado em um hospital psiquiátrico. Assim, eles tentam reconstruir suas vidas, se adaptando ao novo sem abandonar sua origem, como no caso de John Dau que envia parte de sua renda aos sobreviventes no campo e, acaba por descobrir que sua família ainda está viva e decide deixar de estudar para se dedicar a três empregos para ajudá-los. John também se tornou importante na criação da Sudanese Lost Boys Foundation of Central New York e American Care for Sudan Foundation.

Diante do exposto, pode-se fazer uma análise sob a ótica cosmopolita, haja vista que Immanuel Kant considera o Direito Cosmopolita como um fator universal, pois é “um complemento necessário de código não-escrito, tanto do direito político como do direito das gentes, num direito público da humanidade em geral e, assim, um complemento da paz perpétua” (KANT. I. 2009. p.151). Desta forma, em meio à crise dos refugiados, pode-se identificar a necessidade do direito humano ao refúgio, a fim de superar os índices crescentes de xenofobia e garantir segurança e hospitalidade para milhões de pessoas que são forçadas a deixar suas casas e seguirem para outros países em busca de sobrevivência.


Referencias

LIMA, Francisco Jozivan Guedes de. As condições de possibilidades de efetivação da paz perpétua segundo Kant. Intuitio. ISSN. Porto Alegre. Vol.3 – Nº.2. 2010.


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