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Dia Mundial Humanitário



É comum assistir a realidade de milhões de pessoas que vivem em situação de precariedade tendo seus direitos violados e sua dignidade postergada, expostas à fome, miséria, doenças, catástrofes naturais, conflitos econômicos, sociais, religiosos ou de qualquer origem que podem causar guerras, refúgios, atentados e muita intolerância, que nos tendem ao pessimismo e descrença nos valores humanos. Entretanto, poderia ser muito pior sem o trabalho de organizações para os direitos humanos e pessoas que realizam tarefas árduas para amenizar esses flagelos.

De fato, milhares de pessoas, dedicam-se todos os dias à causas humanitárias, e podem estar por toda parte, nos setores de defesa civil dos Estados, nas ONGs humanitárias, no sistema ONU ou em organizações locais em prol dos direitos humanos. E contribuem significantemente na diminuição de contendas e indiferença.

O dia 19 de agosto de 2003 foi um dia de lamentações e sofrimentos, que ficou marcado na história da ONU, pois sua sede em Bagdá, Iraque, sofreu um ataque terrorista que deixou mais de 150 funcionários das nações unidas feridos e 22 mortos. Dentre eles, estava o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, na época com 55 anos. Ele era representante especial do secretário-geral e sua missão era tentar restabelecer a paz no país e ajudar os iraquianos a construir um governo democrático.

Deste modo, em 2008, a Assembleia Geral da ONU, declarou o dia 19 de agosto como o Dia Mundial Humanitário, para contribuir na conscientização internacional sobre a assistência humanitária. Homenageando não somente os que sofreram o atentando em Bagdá, mas todas as pessoas que dedicam suas vidas as causas coletivas, a organização busca atravessar as barreiras do comodismo e da insensibilidade humana.

Desde então, a ONU vem promovendo eventos nesta data, prestando tributos a todos os trabalhadores que perderam a vida no exercício do trabalho e promovendo campanhas para arrecadação de donativos. Em 2009, aconteceu a primeira celebração, sendo o atentado em Bagdá, além de várias autoridades se pronunciarem como Navi Pillay, na época Alta-Comissária para os Direitos Humanos, a qual declarou que “Matar aqueles que tentam ajudar os outros é um crime particularmente desprezível”, acrescentando que, sem ajuda humanitária, os direitos humanos fundamentais de milhões de pessoas – nomeadamente o direito a obter asilo, o direito à educação e o direito à vida – lhes seriam contestados.

Nesse mesmo evento, Margaret Chan, na época Diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), postou um comunicado que enfatiza o “imperativo humanitário” de ajudar os que necessitam de cuidados especiais e ratificar a resolução da OMS em comandar atividades, em padrão global e nacional para certificar a eficiência das emergências.

Em 2012, foi promovida uma campanha que pretendia angariar fundos para ações de solidariedade aos trabalhadores humanitários em todo mundo. De acordo com o escritório das nações unidas para assistência humanitária (OCHA) mais de 1,3 bilhão de adesões foram arrecadas, pois contou com a ajuda do clipe “I was here” da cantora Beyonce Knowles que foi gravado na sede da ONU em Nova York, bem como vários artistas internacionais e empresas multinacionais se mobilizaram na promoção da campanha. No ano seguinte, 2013, o slogan da campanha foi “O mundo precisa de mais...”, para transformar palavras em apoio real às pessoas.

A cada ano, os países em parceira com as organizações do sistema ONU realizam eventos e campanhas para reforçar a importância do humanitarismo, como em 2015, cujo slogan foi “Inspirando a humanidade no mundo” , onde o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, solicitou a ação de todos na internet para compartilhar em seus perfis nas redes sociais por apenas um dia, histórias de crise, esperança e resiliência.

Nesse ano, 2016, como prática, eventos serão realizados em todo mundo no dia 19 de agosto, com o tema “Uma humanidade”. Em Nova York acontecerá uma cerimônia de colocação de flores na sede da ONU e um evento de alto nível na Assembleia Geral, além de exibições de fotos e filmes que registram a vida dos afetados por desastres e crises. Ademais, uma campanha digital que deverá ser lançada para que a população mundial possa ter consciência das escolhas impossíveis que as pessoas tomam em tempos de crise.


Nações Unidas no Brasil. Disponível em: >>https://nacoesunidas.org/whd2013/<< acesso em: 14/08/2016

Centro regional de informações das nações unidas. Disponível em: >>https://www.unric.org/pt/direitos-humanos-actualidade/25512<< acesso em: 14/08/2016

RODRIGUES, Gilberto. Blog Análise Internacional. Disponível em: >>http://blogs.atribuna.com.br/analiseinternacional/2011/08/dia-mundial-da-acao-humanitaria-1908/<< acesso em: 13/08/2016

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