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Resenha: Filhos da Esperança


Data de lançamento: 8 de dezembro de 2006 (1h 50min) Direção: Alfonso Cuarón Elenco: Clive Owen, Julianne Moore, Michael Caine mais Gêneros: Ficção científica, Suspense, Drama Nacionalidade: Eua, Reino unido


O filme “Filhos da Esperança” se passa no ano de 2027, em Londres, uma cidade que apresenta alto nível de organização governamental em relação a humanidade, quando esta é ameaçada de extinção em função de uma infertilidade mundial e a pessoa mais jovem do mundo tem 18 anos. Por esta razão, Theodore Faron (Clive Owen), um ex-ativista desiludido acaba se tornando o responsável de uma jovem chamada Kee (Claire-Hope Ashitey) que, misteriosamente, está grávida. Sequestrado por um grupo que luta pelos direitos dos imigrantes, conhecido como "Os Peixes", Theodore deve protegê-la da violência gerada pela desordem e desigualdade que predominam no futuro. Com cenas de ação bem construídas, o filme apresenta uma qualidade sensacional, produzidas pelo diretor mexicano Alfonso Cuáron, cuja filmografia funciona em todos os sentidos: um violento thriller de ação, um conto de fantasia e uma reflexão humanitária. O design de produção impecável e a fotografia acinzentada ressaltam a poluição, o abandono e tristeza de um planeta em ruínas e sem esperança. Logo no início do filme, uma explosão completamente aleatória, fruto de um atentado terrorista, já expõe o perigo pelos quais os humanos passam diariamente, ao passo que governantes e ricos ignoram os problemas e se afugentam. No funil que todos querem estar, a cidade de Londres torna-se rota de fuga de uma grande leva de refugiados que são impedidos de permanecer na cidade. Diante disto, podemos fazer uma clara alusão a atual crise de refugiados, bem como o desrespeito a vida e a segurança humana. Direitos Humanos, Governança Global, Soft Power ou cooperação internacional, são esquecidos no mundo da adaptação do livro The Children Of Men, de P. D. James, que Cuáron retrata em seu filme. Pode se verificar que o mesmo está mais para o “homem no estado de natureza”, de Thomas Hobbes, antes do contrato social. A violência é uma das características de “Filhos da Esperança” que marca o limiar de uma sociedade fadada a extinção. O roteiro bem escrito, e um elenco de alta qualidade, conta com a atuação de Julianne Moore e Michael Caine, ajuda o espectador a imergir em um universo catastrófico ao mesmo tempo em que avança com a trama em ritmo acelerado. O diretor mostrou grande parte de seu talento no filme, por exemplo em uma das cenas de ação que aparecem quase no final da trama, é uma das mais longas do cinema, com dez minutos de ação sem cortes ou edições. Poucos diretores conseguem ter êxito nesse tipo de cena. O filme permite que o espectador reflita sobre as adversidades do nosso planeta e como nos relacionamos com ele, já que funciona como uma ponte entre o lúdico e a realidade. Por isso, repensar o mundo em que vivemos através do filme de Cuáron que, consequentemente, nos leva a inquietude diante de uma possível extinção humana, juntamente com sentimento de esperança e bondade.




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