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Resenha: O Preço do Amanhã

Lançamento: 4 de novembro de 2011

Direção: Andrew Niccol

Elenco: Justin Timberlake, Amanda Seyfried

Gênero: Ficção científica

Nacionalidade: EUA

O filme se passa no futuro, em uma realidade onde o tempo é a moeda de troca para sobreviver, ou seja, qualquer tipo de pagamento é feito por tempo, seja em segundos, minutos, horas, anos ou décadas, através de um aparelho que coleta esse tempo. Todo ser humano nasce com um cronômetro no pulso que aos 25 anos dispara uma contagem regressiva e ainda para de envelhecer nessa idade, assim, a riqueza corresponde a quantidade de tempo de vida que cada pessoa tem, então os mais ricos podem viver centenas de anos e colecionar seus bilhões de horas, enquanto os mais pobres trabalham por cada hora a mais de vida.

Will Sallas (Justin Timberlake) faz parte da parcela pobre da população que vive na periferia da cidade, e já está adaptado ao salário de 24 horas que recebe por dia para sua sobrevivência, até que, após alguns acontecimentos, ele acaba recebendo uma doação extremamente valiosa de mais de um século. Devido à sua inquietação quanto a realidade desigual em que vive, ele decide seguir para Greenwich, a metrópole nobre, contudo, começa a ser perseguido pelos Guardiões do Tempo – que representam a polícia e são responsáveis por manter a organização no tempo de vida de acordo com a classe social de cada indivíduo – por um crime que não cometeu. Durante a viagem Will passa por barreiras, como se fossem pedágios, em que o preço aumenta gradualmente, uma outra forma de manter a classe pobre afastada.

Ao se instalar em Greenwich, Will vai em um cassino onde conhece o magnata Phillippe Weis e acaba se envolvendo com a filha dele, Sylvia (Seyfried). Will é autuado pelos Guardiões e acaba fugindo, fazendo de Sylvia sua refém. No desenrolar da trama, Sylvia entra em contado com o mundo completamente oposto de Will, e após algumas hesitações iniciais, passa a planejar com ele uma maneira de roubar um milhão de anos do seu pai Weis e distribuir aos mais pobres.

Além da interpretação clara de “Tempo é dinheiro”, o Preço do Amanhã faz uma reflexão de como o contexto social influencia o indivíduo, através de cenas e diálogos pontuais, como quando Henry Hamilton faz a doação a Will, explicando que ele precisa viver muitos anos, ou seja, ter muito dinheiro, não significa felicidade. Will está sempre andando com pressa, pois cresceu entendendo que cada segundo é valioso, enquanto os mais ricos caminham com mais lentidão. O fato do pai de Sylvia relutar em pagar um milhão de anos a Will, pelo resgate dela, mesmo ainda possuindo centenas de anos.

O longa é uma ficção que faz inúmeros paralelos com a realidade atual, de modo a caracterizar as desigualdades sociais. Isto permite uma análise ampla nas questões da sociedade, do modo como o sistema capitalista é aplicado, assim como no sentido pessoal, ao permitir refletir o modo como seu tempo está sendo aproveitado e até que ponto o dinheiro e o tempo definem e quantificam uma vida.


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