Considerações Sobre o Encontro da Cúpula do G20 Hangzhou
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O G20 tem sido um encontro entre líderes de Estado e seus ministros de finanças e economia para fomentar a cooperação internacional no âmbito econômico mundial.
O Grupo dos 20 reúne países desenvolvidos e em desenvolvimento os quais expressam 90% do PIB mundial. O propósito do grupo é coordenar políticas de promoção de crescimento sustentável e a estabilidade econômica, assim como, a regulação da economia mundial de forma a reduzir o risco de futuras crises internacionais. Dos assuntos remetidos na cúpula de Hangzhou, China, relacionaram-se sobre a economia global dialogando com as crises do Oriente Médio; a União Europeia pós-Brexit, as disputas territoriais no Mar do Sul da China; sobre o clima e a crise migratória. A crise migratória demonstrou estar no ápice das problemáticas mundiais, pois além de destacar a questão social, expõe a necessidade de reconstrução econômica dos países afetados direta e indiretamente da migração.
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A cúpula do G20 teve como prioridade também o desenvolvimento de políticas globais macroeconômicas em prol da Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU 2030, além de ressaltar a ação coletiva e individual de cada Estado dentro do problema Aquecimento Global. A ratificação do Acordo de Paris pelos demais Estados, participantes ou não do G20, é uma das formas de promoção dentro destas políticas. Quanto à economia mundial, as instâncias levantadas foram o comércio e reforma da estrutura econômica mundial. O comércio é base da economia internacional, portanto não se anseia mais barreiras protecionistas que fomentam economias restritas. A cooperação comercial leva ao estabelecimento de uma economia global que estimula o dialogo entre os Governos, empresariado, stakeholders e demais atores que possam prover o desenvolvimento de inovação e infra-estruturas para supressão da demanda mundial. O desenvolvimento da região africana foi um dos pontos debatidos dentro da reforma econômica mundial. Não se deve permitir que países como os do continente africano ainda estejam em níveis de industrialização precários. Estes países devem encontrar formas de desenvolvimento e cabe aos países do G20 “mostrarem o caminho” com o aumento dos investimentos, instalação de clusters, que potencializam a cooperação dentro da tecnologia e pesquisa, e maior abertura comercial. Com isto, a África poderá alcançar talvez a redução de sua pobreza e atingir a auto-sustentação. Logo, o fórum do G20 perpassa de decisões estritamente financeiras e econômicas. Em Hangzhou, o G20 deixou o recado de que o desenvolvimento é muito além de reorganização de estruturas microeconômicas. A conscientização de um sistema internacional sustentável e cooperativo é a forma de alcançar o propósito de igualdade econômica almejada.
Referências
Política Externa. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/diplomacia-economica-comercial-e-financeira/118-g20> Acesso em: 12 de Set. 2016. Crise Migratória. Disponível em: <http://www.dw.com/pt/g20-reconhece-crise-migrat%C3%B3ria-como-problema-mundial/a-19528246> Acesso em: 12 de Set. 2016.
G20. Disponível em: <http://www.g20.utoronto.ca/2016/160905-innovation.html> Acesso em: 12 de Set. 2016.
G20. Disponível em: <http://www.g20.utoronto.ca/2016/160526-wang-yi.html> Acesso em: 12 de Set. 2016.