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Realismo Ofensivo de Mearsheimer: Estados Unidos e Rússia


Há quem diga que estamos vivendo um revival da Guerra Fria, onde as rivalidades entre Estados Unidos (EUA) e Rússia se expandem a cada dia. Neste sentido, Síria, eleições estadunienses, Criméia e Conselho de Segurança estão na pauta de confronto entre os Estados. A arena escolhida para a degladiação é a Síria, que está há cinco anos em guerra civil.

A Rússia defende seus interesses geopolíticos através do apoio às táticas militares de Bashar Al Assad, presidente da Síria, desde o início da guerra civil. Os EUA recusaram-se a formar uma coalizão pró-Síria, enquanto Assad não renunciasse a presidência, e só modificou seu posicionamento após os ataques terroristas na França.

Nos últimos dias, os EUA acusaram a Rússia de abuso de poder de veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). E, ambos os Estados vêm cometendo crimes de guerra, ao matarem civis e atingirem hospitais em seus bombardeios. O cenário é de trocas de acusações a todo o momento.

Segundo Nogueira e Messari (2005), Mearsheimer afirma que o objetivo de todas as grandes potências é a hegemonia, mas afirma que uma hegemonia global é dificilmente alcançável e que a história tem visto hegemonias regionais. Após a dissolução da União Soviética, a Rússia reiniciou a busca por políticas que a trouxesse à tona no Sistema Internacional. A busca pela hegemonia russa, que no momento não pode ser global por suas fraquezas políticas e econômicas, se estende pela defesa de seus interesses geopolíticos na região da Criméia e da Síria.

Da mesma forma, os EUA defendem seus interesses na região do Oriente formando alianças contrárias à liderança do presidente sírio, e minimizando a importância das forças russas, além de buscar hegemonia regional e mantendo, de certa forma, sua liderança global. Antes de entrar na coalizão contra o terrorismo na Síria, os EUA praticavam o chamado, buck-passing, em que delegavam a países vizinhos e rebeldes a responsabilidade de neutralizar a autoridade de Bashar Al Assad.

Ainda segundo Nogueira e Messari (2005), para Mearsheimer (o mesmo de antes), a competição permanente é a principal característica desse sistema internacional, e o poder não é um objetivo em si, mas sim um meio para manter a sobrevivência. O Conselho de Segurança é um mecanismo de competição entre potências e não diminui a natureza anárquica do Sistema Internacional, visto que os Estados são dotados de soberania e podem ou não submeterem-se as decisões no Conselho e da ONU.

Nesse cenário de incertezas quanto às ações e reações dos EUA e da Rússia, segundo a teoria neorrealista ofensiva de Jonh Mearsheimer, a busca pela hegemonia regional é justificada pelo objetivo final de ambos os Estados: a sobrevivência. Por isso, a previsão para o Sistema Internacional é de mais conflitos e, se necessário, mais guerras para que a segurança e poder sejam alcançados.




Referências

NOGUEIRA, Joao; MESSARI, Nizar. Teoria das Relacoes Internacionais – Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2005.

Crimes de Guerra. Disponivel em: <http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/kerry-afirma-que-russia-e-siria-cometeram-crimes-de-guerra> Acesso em: 09 de Out. 2016.

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