Resenha: Inferno
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Data de lançamento: 13 de outubro de 2016
Direção: Ron Howard
Elenco: Tom Hanks, Felicity Jones, Ben Foster
Gêneros: Suspense, Policial
Nacionalidade: EUA
Mais uma vez, o premiadíssimo Tom Hanks dá vida ao professor Robert Langdon, personagem icônico do escritor Dan Brown. Desta vez, Langdon acorda em Florença, na Itália, onde uma enfermeira trata de ajudá-lo a recobrar a memória. Mesmo sem saber as causas que o levaram até ali, o professor começa a lembrar de alguns detalhes, ainda confusos, e que começam a compor o grande quebra-cabeça que vai sendo montado no decorrer do longa-metragem.
A enfermeira que lhe atende, Sienna Brooks, passa a ter um papel fundamental na história e também ajuda Robert Langdon a fugir quando ele é atacado no hospital. Na companhia de Sienna, Robert começa a ter avanços na fala e na locomoção, ao passo que começa a se lembrar com mais clareza. Um nome, entretanto, lhe vem à cabeça: Bertrand Zobrist um multimilionário que prega o fim da humanidade, devido a superpopulação, a fragilidade do mundo a uma epidemia global, além do aumento da pobreza em grande escala. Ele trocou e-mails com Langdon, e, antes de suicidar-se, deixou um enigma que só o professor poderia desvendar, cuja resolução baseia-se na simbologia por trás da Divina Comédia, de Dante Alighieri.
As perseguições por Langdon se multiplicam, e até a Organização Mundial da Saúde (OMS) começa a ter um papel fundamental para a trama. O filme trabalha muito bem quando relaciona a OMS na contenção de doenças. Mostrando a atuação e articulação de uma grande organização intergovernamental, na prevenção e controle de doenças no cenário mundial.
Na verdade, como Langdon descobre, o enigma de Zobrist que dizia respeito a um vírus potente, com grande nível de contaminação, e cuja ação levaria a esterilização da população mundial em pouco tempo. Isto reduziria os níveis de natalidade, que era o real objetivo do pensamento de Bertrand Zobrist. O professor Langdon consegue evitar que o vírus fosse liberado em um ponto turístico na Turquia, em meio a um turbilhão de reviravoltas.
O diretor do filme, Ron Howard, não segue completamente a obra de Dan Brown deixando sua criatividade fluir para dar seu toque de originalidade ao filme, ressaltando a questão da natalidade, a fim de relacionar com os problemas do homem e meio ambiente. Entretanto, ainda que seja mostrado como um pano de fundo para o desenvolvimento do mesmo, a situação da população global é realmente preocupante e os últimos anos vêm demandando esforços cada vez mais efetivos e coordenados em relação a prevenção e tratamento de vírus mais fortes. Esse tema, entretanto, está longe de figurar entre os mais novos na agenda internacional, como o filme mostra, ao retratar as pestes e febres que dizimaram boa parte da população europeia em séculos passados.
Portanto, vale a reflexão, haja vista que estamos em um momento em que chegamos a mais de 7,2 bilhões de humanos, com crescimentos exponenciais, principalmente em áreas muito pobres e nas quais a proliferação de doenças é possível, além da segurança alimentar que é posta em cheque. Assim como o filme mostra, a população mundial aumenta de tamanho em espaços cada vez menores, exigindo a coordenação entre organizações internacionais, sociedade civil e governos.