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Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher sob a perspectiva da Teoria Crítica de Andrew Lin

Em 1960, o dia 25 de Novembro ficou marcado e conhecido internacionalmente como o dia em que ocorreu o maior ato de violência contra mulheres. Três irmãs dominicanas, conhecidas como “Las Mariposas” (Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal) lutavam em busca de soluções para problemas sociais em seu país. Contudo, elas foram perseguidas e presas inúmeras vezes até o momento de seus brutais assassinatos por agentes governamentais do regime militar do ditador Rafael Leônidas Trujillo.


Já em 1999, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, foi instituído o dia do assassinato das irmãs, como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher. Durante esse dia do ano, procura-se incentivar conversas e reflexões sobre a situação de violência em que vive numerosa parte das mulheres ao redor do mundo. Também existem os 16 dias de combate a violência contra a Mulher, que começa dia 25 de novembro e termina dia 10 de dezembro com o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. No Brasil, este período é estendido, começando no Dia da Consciência Negra, em 20 de Novembro, totalizando vinte dias de ativismo.


Dados da UNICEF mostram, por exemplo, que a mutilação genital é feita em mais ou menos três milhões de meninas e mulheres por ano. Outro dado importante é da OIT, segundo o qual, em todo planeta, 52% de mulheres economicamente ativas já sofreram algum tipo de assédio sexual em seu ambiente de trabalho. Mais um dado, desta vez da ONU, diz que 70% de todas as mulheres do mundo sofrerão ou já sofreram violência em, ao menos, um momento de suas vidas, independentemente da nacionalidade, cultura, religião, e condição social. Todos esses dados, e tantos outros, mostram o quanto a luta à violência contra a mulher ainda está em seus primeiros passos.


No campo da Teoria Crítica de Relações Internacionais, o teórico Andrew Linklater, defende a ideia de ampliar a luta de classes, procurando incluir todas as diferentes formas de exclusões que ocorrem na vida social entre diversas etnias, raças e, como estudado nesse caso, gênero. Esta expansão traz novas visões, que potencializam a vitória da convivência pacífica e segura das diferenças.


Neste sentido, verifica-se que Linklater traz propostas que incluem transformações essenciais como: a criação de relações sociais mais universalistas; diminuição das desigualdades; e maior sensibilidade às diferenças entre culturas. Isso só demonstra a transformação no qual a nossa sociedade está passando e precisa passar pra que as relações sejam mais inclusivas e pacíficas.


Portanto, a causa do dia 25 de novembro não é uma causa exclusiva das mulheres. É uma causa geral, que demonstra a incapacidade de aceitação da violência, que acontece velada e à vista contra as mulheres ao redor do mundo.


REFERÊNCIAS


FRANÇA, Kelly Ribeiro. Ampliação da Comunidade Política – Cosmopolitismo e Ética Dialógica em Andrew Linklater. In:______. Uma Discussão sobre a Ampliação da Comunidade Política: As Negociações Internacionais sobre Acesso a Recursos Genéticos, Conhecimentos Tradicionais e Repartição de Benefícios. PUC, Rio de Janeiro, 2007. Cap. 3, p. 16 – 33.


ONU MULHERES. Disponível em: <http://www.onumulheres.org.br> Acesso: 19 nov 2016.


DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Campanha Mundial dos 16 Dias de Ativismo. Disponível em: <http://www.defensoria.sp.def.br/dpesp/repositorio/41/FOLDER.16DIAS.pdf>. Acesso em: 19 nov 2016.

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