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Mercosul e Aliança do Pacífico, uma nova identidade latino-americana?



As eleições americanas não são apenas de suma importância para os nativos, porém também, para o sistema internacional visto que os Yankees (time de beisebol de Nova York) obtém a maior economia mundial e sem dúvidas, os Estados Unidos representam a maior potência e cada um de seus passos podem influenciar de diferentes maneiras as estado-nações.


Durante a campanha tanto de Hillary Clinton e do atual presidente eleito Donald Trump em nenhum momento se teve um grande interesse na América Latina e muito menos na América do Sul, apesar do atual presidente ser eleito por uma grande massa nacionalista e que sempre colocou como o mesmo disse em seu discurso de posse: “America first”.


A campanha da sua rival do Partido Democrata também não demonstrou um interesse grande na região latino-americana, o que gerou uma dúvida e preocupação dos países da região em relação ao futuro e seus respectivos interesses, o que mobilizou os governantes da região e em especial o atual presidente argentino Mauricio Macri a iniciar uma maior aproximação regional e em especial a sua visita ao Brasil para conversar com o presidente interino Michel Temer que é necessário lembrar que teve seu governo reconhecido primeiramente pelo governo argentino.


“Todo problema contém a semente de sua própria solução” a famosa frase do escritor americano Normant Vincent Peale do século XX talvez caiba a atual situação, seria uma nova chance ao Mercosul? Discutir suas diferenças de outra maneira principalmente na relação Brasil-Argentina, onde os interesses têm se esbarrado várias vezes.


A aproximação com a Aliança do Pacífico por parte do presidente argentino também é outro passo importante para a integração na região, visto que o Chile na atualidade ocupa o sétimo lugar no Índice de Liberdade Econômica Mundial (Index of Economic Freedom) e está a milhas a frente do Brasil, que infelizmente ocupa um lugar ridículo atrás de regimes como o Camboja, que não há muitos anos se afundava em um regime totalitário.


É necessário que o atual presidente Temer não espere apenas a iniciativa de outros governantes sul-americanos como Macri, que já se dispôs a conversar com Trump sobre o caso da Venezuela no última quarta-feira (dia 15), é essencial analisar os passos com cuidados, pois os principais governantes latinos irão definir o seu próprio futuro, na medida do possível em relação a uma nova pauta política republicana, e também os desafios que são postos no sistema internacional.


O contexto no continente europeu também é preocupante para o continente sul-americano pois é visível que não há um interesse de certos Estados em relação há uma boa parte do hemisfério-sul, e principalmente, nos países mais precários, com exceção de países como o Chile que apresenta vários tratados e acordos bilaterais com boa parte do globo.


A nova onda de protecionismo mundial que se encaminha em uma visão Estado-cêntrica, onde o mesmo define os seus próprios interesses em uma área desigual na qual o mesmo Estado é um ator egocêntrico e coeso que procura a sua maximização e potencialização de seus interesses. Segundo Andrew Moravcsik (1997) procurando se beneficiar em uma relação com outros estados, o fator de barganha entre os atores estatais envolvidos é um fator comum para as suas disparidades.


As pressões externas e internas que levaram a eleição do candidato republicano, como grupos sociais e a aristocracia política, resultaram na sua vitória e moldam os Estados Unidos da América e, também influenciam alguns dos países da Europa que brevemente entraram em períodos eleitorais de seus governantes. No entanto pode ocorrer uma maior aproximação dos países latino-americanos, e uma outra chance de rever os seus acordos em que muitos estão simplesmente ‘’engavetados’’ resta saber o que o futuro reserva e as posições que os seus respectivos governantes tomarão a uma mudança na agenda política global.


Referencias

Taking Preferences Seriously: A Liberal Theory of International Politics” by Andrew Moravcsik.International Organization Volume 51, Number 4 (Autumn 1997).


2015 Global Agenda for Economic Freedom. Disponível em: http://www.heritage.org/international-economies/report/2015-global-agenda-economic-freedom. Acesso em fevereiro de 2017.


Elpais. Macri e Bachelet aproximam Mercosul da Aliança do Pacifico em resposta a Trump. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/13/internacional/1486992640_633957.html. Acesso em fevereiro de 2017.


Macri e Trump discutem preocupação com Venezuela. Disponível em: http://exame.abril.com.br/mundo/macri-e-trump-discutem-preocupacao-com-venezuela-por-telefone/. Acesso em fevereiro de 2017.

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