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O Dia Internacional da Mulher e a Resistência Feminina pela Escola Feminista


O dia 08 de março é reconhecido mundialmente como o dia da mulher, tendo sua origem em um trágico acidente, enquanto mulheres almejavam acesso a mais direitos. O dia tem por objetivo honrar as lutas feministas e incentivar a aplicação de sufrágio universal em todas as nações. Desde o início das manifestações femininas até os dias atuais, é possível nomear vitórias discretas. Ademais, a agenda feminista continua perene e ativa na busca pela maior igualdade de gêneros.

Em 2017, grupos de lutas de igualdade de gênero em diversas partes do mundo estão se mobilizando para realizar um ato chamado “Dia sem mulher”, onde deixarão seus postos de trabalho voluntariamente para protestar contra assuntos como: o feminicídio, a desumanização e desierarquização das mulheres. A paralisação também possui como foco um levante contra a onda conservadora que tem se expandido pelo ocidente, colocando-as, assim, contra agendas que visam diminuir direitos e segregar minorias.

Conforme Castro (2012), nas Relações Internacionais, a agenda feminista surgiu para repensar o olhar hegemônico-dominante masculino sobre assuntos cruciais, tais como: poder, segurança e soberania estatal. O olhar feminino sobre tais assuntos têm tido destaque na grande mídia, tendo por projeção e representatividade as teorias de Jean Elshtain, Cynthia Enloe e J. Ann Tickner. O campo dos estudos feministas passa por diversas inclinações ideológicas, porém serão dadas no presente texto em campo geral.

Em Jatobá (2013), o movimento feminista tem como elemento comum o reconhecimento das desigualdades entre homens e mulheres enraizadas por padrões de comportamento aprendidos socialmente, além de propor uma revisão deste conceito para a equiparação entre gêneros. Para Enloe (2007), nada impede que nas discussões sobre gênero seja introduzida a questão do poder, pois é necessário o olhar feminino para uma análise completa do tema. Portanto, a autora luta por uma maior inclusão das perspectivas feministas nos debates teóricos para que, gradualmente, haja simetria entre os gêneros no âmbito intelectual.

Neste sentido, pode-se verificar que o ano de 2017 iniciou com diversos atos de lutas de gênero devido a certas conquistas históricas estarem passando por um processo de cerceamento e diminuição da sua importância, devido, como já foi dito anteriormente, a expansão do pensamento conservador pelo Ocidente. O desafio de criar diálogos inclusivos que sejam absorvidos pelo atual cenário mundial é um caminho que requer muito esforço para ser reconhecido e legitimado na arena internacional. Portanto, mesmo com diversas vitórias do movimento feminista através dos anos, ainda há muito na pauta de luta para uma maior igualdade de gêneros.


REFERÊNCIAS


CASTRO, Thales. Teoria das Relações Internacionais. Brasília: FUNAG, 2012.

EL PAÍS. Dia sem mulher: o mundo se prepara para uma greve internacional feminina. Disponível em:

http://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/10/estilo/1486744741_095547.html. Acesso em 04 de março.

ENLOE, Cynthia. In: JATOBÁ, Daniel; LESSA; DE OLIVEIRA, Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2013.P. 113

JATOBÁ, Daniel; LESSA, Antônio C; DE OLIVEIRA, Henrique A. Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2013.

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