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O Futuro do Sistema Internacional e a necessidade do fim de programas nucleares e armas químicas


É notório observar que o avanço tecnológico juntamente com o bélico foi, ainda é e será de extrema importância para as questões de segurança, expansão e defesa, além do tão pregado desenvolvimento no Sistema Internacional. O homem buscou, ao longo de sua evolução, estar sempre mais preparado, mais armado contra-as ameaças que lhe são expostas, mas com uma dívida baseada em conflitos, destruição e altos custos humanitários.

Nesta perspectiva, este texto levanta questões pertinentes que precisam ser discutidas como: Qual será o futuro do sistema internacional? A que ponto é necessário por fim em programas nucleares e em armas químicas em prol da segurança? De acordo com a teoria Neorrealista das Relações Internacionais, estas são perguntas que possuem respostas fundamentadas em pessimismo, desconfiança, sistema internacional anárquico, guerra inevitável, competição perpetua, maximização da segurança e sobrevivência.

O avanço ao longo da história de armas químicas desde a Guerra do Peloponeso até a Primeira Guerra Mundial horrorizou o homem. Porém, quando o cientista alemão, Otto Hahn conseguiu, pela primeira vez na história, dividir átomos de urânio, preocupou a sociedade internacional, devido aos anseios nazistas de hegemonia mundial e de que os alemães pudessem possuir mais uma arma de destruição em massa, além das armas químicas desenvolvidas durante a Primeira Guerra Mundial. Esta notícia reverberou por todo o Ocidente e países preocupados com a expansão nazista, afinal a Alemanha era a nação mais avançada quando se falava de ciência e armas. Felizmente, as ambições de dominação hegemônica de Hitler foram freados e o projeto de armas químicas nazista não chegou aos campos de batalha, mas restringiu-se ao holocausto.

Contudo o arcabouço militar que a história proporcionou, potencializado pelos 40 anos de conflito que se desenrolaram na Europa no século XX, fomentaram, também para os Aliados, programas nucleares e químicos subsequentes imensuráveis, principalmente no período da Guerra Fria. Desde o projeto Manhattan, a humanidade testemunhou esses enormes avanços bélicos nas áreas nucleares e químicas, onde é possível listar alguns países de destaque nesse campo como EUA, Rússia, China, Coreia do Norte e Síria.

Nesta perspectiva, atualmente, ainda que a corrida armamentista da guerra fria, viesse se tornar algo "obsoleto" para alguns, a herança marcada pelo desenvolvimento nuclear e químico, transformou, em enormes proporções, o Sistema Internacional ao ponto em que tratados, constrangimentos, incapacidade econômica e as Organizações Internacionais, mostraram-se impotentes diante dessa reconfiguração de segurança dos Estados, frente ao surgimento de novas preocupações em suas agendas, como no caso do terrorismo.

Pode-se dizer que, a competição e postura de resistência de alguns países como China, Rússia, e principalmente, a Coreia do Norte e países do Oriente Médio é uma reação à política externa que o governo Trump vem tomando no cenário internacional. A partir disto, apropriando-se dos conceitos elaborados por Waltz, é possível explicar essa dinâmica, partindo da visão do comportamento do Estado e sua sociedade. Além disso, a estruturação do sistema, que se mostra em grande tensão, como determinante dessas ações na busca pela maximização da segurança.

O equilíbrio de poder é afetado pelo Poder-força demonstrado por alguns Estados mais fortes que ameaçam a soberania de Estados mais fracos, como a Síria e, devido a assimetria de seu poder em relação aos outros (EUA), buscam o que Waltz chama de Bandwangon, como no caso do governo de Bashar Al Assaad em sua Política Internacional de aliança com a Rússia.

Por outro lado, à luz dos conceitos de Mearsheimer, essa reconfiguração estaria atrelada a questão de segurança e sobrevivência, sendo a última uma condição para a garantia da segurança. Contudo, é importante destacar quatro aspectos que explicariam a dinâmica dos projetos nucleares e dos armamentos químicos e a ação desses Estados, dentro dos conceitos de Mearsheimer:

1) "hegmon regional": A prevenção do aumento de poder em outras regiões pelas grandes potencias, como por exemplo a instalação de misseis nucleares e um sistema antimísseis pelos EUA na Coreia do Sul.

2) "Balancing": A neutralização do crescimento de uma potência por meio de uma aliança com outros países, como por exemplo, a resposta Russa ao Plano Marshall (Comecon).

3) "Buck-Passing": A delegação de um Estado a outro, a responsabilidade de neutralização de uma possível potência hegemônica, personificado na postura japonesa em relação aos exercícios da Coreia do Norte com a Bomba H e.

4) "Dilema da Segurança": A medida que um Estado adota políticas para melhorar seu poder, automaticamente torna -se uma ameaça. Seria a resposta mais solida para essa reconfiguração de grandes projetos nucleares e químicos e, que denota a nescessidade desses Estados em possuir, ainda, essa logística nuclear e química.

Diante disto, é possível concluir um futuro sem armamentos químicos e nucleares seja almejado. A condição e a configuração do atual cenário internacional, não permitem um "cessar-fogo", o que seria um grande risco a sobrevivência dos Estados e suas estratégias, fator que ainda traria altos custos humanitários, territoriais e econômicos.


Referências

MESSENGER. Charles. Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

NAZISMO: O LADO OCULTO DO TERCEIRO REICH. São Paulo: Abril, v. 13, jan. 2013. Edição especial.

WALTZ. Kenneth N. O homem, o estado e a guerra. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

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