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A Solidariedade aos Povos sem Governo e a Teoria Crítica de Linklater

Uma nação é compreendida pelo conjunto de indivíduos que perpetuam sua cultura, história e identidade semelhantes. Com essas semelhanças surge a necessidade de formar um Estado-Nação próprio, onde o espaço territorial que habitam delimitados pelas fronteiras no qual esta nação exercerá sua soberania é reconhecido pela comunidade internacional.

Algumas nações que possuem um “território autônomo”, ou seja, não são reconhecidos internacionalmente e o poder é exercido por outros povos. Atualmente 56 milhões de pessoas pertencentes a povos sem nação, como por exemplo: os curdos, com uma população de 36 milhões de pessoas e os palestinos com 5,3 milhões de habitantes.

O dia 25 de Maio é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o início da Semana de solidariedade com os povos sem governo próprio, que foi instituído em 26 de junho de 1945 na carta institucional da ONU. Assegurando assim, o respeito à cultura e aos avanços econômicos, sociais e educacionais dos povos sem governo próprio. Sendo também assegurada pelas Nações Unidas a consolidação da paz e segurança internacional.

Andrew Linklater (1998) escreveu uma teoria influenciada pelos pensamentos do teórico Jürgen Habermas e com premissas cosmopolitas que se preocupa com os danos das relações internacionais em um sistema de Estados em conflito constante e visualiza sociedades que contemplem éticas universais e respeitem as diferenças.

Conforme Jatobá (2013), Linklater propõe uma investigação racional quanto à construção social de Estado-Nação e tenta promover novos parâmetros éticos e novas formas de políticas organizacionais mais amplas.

A teoria cosmopolita idealiza a necessidade de responsabilidades não obedecerem mais fronteiras, pois estas se tornam responsabilidades coletivas. Apela-se para uma maior responsabilidade moral, quanto ao respeito pelas diferenças culturais dos povos. (LINKLATER, 1998).

Logo, em meio a políticas polêmicas que anseiam segregar os povos é necessário que tenhamos mais solidariedade à cultura de todos e que os povos que ainda não possuem governo próprio sejam reconhecidos. A opressão e a violência não devem ser o caminho de prioridade, para que desta forma sejam mantidas as premissas das Nações Unidas de garantir a todos paz e segurança internacional.


Referências

JATOBÁ, Daniel; LESSA, Antônio C; DE OLIVEIRA, Henrique A. Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2013.

LINKLATER, Andrew. The transformation of Political Community – Ethical Foundations of the Post-Westphalian Era. Univ of South Carolina, 1998.

UNITED NATIONS. International Week of Solidarity with peoples of non-self-governing. Disponível em: http://www.un.org/en/events/nonselfgoverning/

MUNDO ESTRANHO. Qual é o maior povo sem país?. Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/geografia/qual-e-o-maior-povo-sem-pais/


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