O Dia Internacional do Meio Ambiente
Celebrado no dia 05 de junho, o Dia Internacional do Meio Ambiente é de extrema importância para a conscientização quanto a preservação da natureza e divulgação dos riscos que o meio ambiente pode apresentar caso a preocupação não seja contínua e intensa.
Um vasto número de problemas ambientais, causados muitas vezes por irresponsabilidade dos seres humanos, podem ser facilmente encontrados em todos os continentes. Solos erodidos, desertificações, espécies em extinção, água e ar poluídos entre muitos outros, são exemplos da falta de cautela das populações, que acabam estimulando, direta ou indiretamente, mais problemas no futuro, comprometendo assim, muitas gerações.
É inegável o fato de que o meio ambiente é espaço de vida para basicamente todas as espécies no planeta terra, ou seja, qualquer tipo de desequilíbrio em suas esferas pode refletir diretamente na qualidade de vida de todos nós. Ter cuidado com atitudes simples diárias pode contribuir significativamente para a preservação do meio ambiente. A cautela com a natureza, de forma geral, não é nada mais do que a cautela com o nosso próprio meio de sobrevivência, e por isso é extremamente relevante.
De modo mais abrangente, o mundo só passou a dar importância maior ao meio ambiente em 1972, quando ocorreu a Conferência de Estocolmo, na Suécia. Esse evento reuniu representantes de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, para discutir a relação entre Homem e Meio Ambiente.
Entretanto, o foco do evento acabou se tornando a questão econômica em detrimento das ambientais. Houveram muitas divergências entre os dois grupos de países presentes (desenvolvidos e subdesenvolvidos) e isso dificultou qualquer tentativa de tratados ou acordos para a preservação ambiental, contudo, a Conferência de Estocolmo acabou estimulando uma série de encontros posteriores, além da criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Somente 10 anos depois, em 1987, surge o Relatório Brundtland, que associava a ideia de desenvolvimento econômico, preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. Depois deste encontro, a discussão sobre o tema passou a ser mais recorrente, e no mesmo ano é assinado o Protocolo de Montreal, que visa a preocupação com a camada de ozônio, e um ano depois, a Conferência de Toronto, que discute o aumento da temperatura média do planeta Terra.
Em 1992, acontece no Rio de Janeiro a mais bem-sucedida conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Participaram cerca de 180 países, que desenvolviam seus discursos quanto ao uso de energias renováveis, consequentemente, criticando o uso de energia nuclear. Além disso, tópicos como lixo tóxico, poluição do ar atmosférico e o aquecimento global também tiveram seus espaços.
O Meio Ambiente não faz parte da agenda de prioridades dentro das teorias clássicas e Neorrealista de Relações Internacionais. Em seu lugar são colocados assuntos como Economia e Segurança. O fato de não tratar a natureza com mais relevância é perigoso, afinal, como já dizia o filósofo Thomas Hobbes, “o homem é o lobo do próprio homem”, ou seja, as nossas próprias atitudes podem nos prejudicar no futuro, e se os seres humanos continuarem tratando o planeta com desprezo e não tomarem atitudes para ao menos diminuir a velocidade de destruição, é questão de décadas até que a situação seja de extrema urgência. Preservar o que temos hoje não deveria ser visto como uma obrigação de todas as nações, mas como um favor para sua própria população.
Referências
Goodin, Robert E. Green Political Theory. Cambridge: Polity Press, 1992.
Sistema de Ensino Equipe, 1º ano - Ensino Médio. 1º Edição (2017), 33-34.
Introdução às Relações Internacionais - capítulo 10 - Novas questões de RI, 361-362 (esperando ela informar autores)
The Comission on Global Governance. Our Global Neighbourhood, New York: Oxford University Press, 1995. P, 25-29.