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Os 16 anos dos atentados as Torres do World Trade Center: Desafios para os dias atuais


Em 2001, no dia 11 de setembro, foi possível assistir as cenas aterrorizantes em Nova York, não era o primeiro ataque terrorista que se via, entretanto era o primeiro ataque direto aos Estados Unidos. Os ataques ao World Trade Center tiveram um saldo de 2.996 mortos e mais de seis mil feridos. Televisões ao redor do mundo estavam conectadas vendo ambas as torres caindo. O grupo terrorista Al-Qaeda assumiu o atentado, além dos outros três atentados que ocorreram simultaneamente.

Isto levou à Guerra ao Terror, uma resposta imediata do Estados Unidos pelo presidente George W. Bush. O que acarretou a morte de outros milhares. Dando resultado a desestabilização do Oriente Médio e afirmando, mais uma vez, os Estados Unidos como líder mundial, e com parte do seu orgulho restaurado.

Dezesseis anos se passaram, cicatrizes foram deixadas. Os presidentes em ação durante esses anos tomaram medidas para que o abalado orgulho do país fosse restaurado ao máximo possível. Os envolvidos nos atentados foram presos e mortos.

Contudo, os esforços também levaram a desestabilização local do Oriente Médio. Outros grupos fundamentalistas surgiram, por exemplo, o Estado Islâmico, ou ISIS. Agora com a conjuntura mundial e com os diversos ataques à Europa (Londres, Manchester, Barcelona, Genebra, etc.) nesse ano, o perigo de um novo ataque aos Estados Unidos é eminente. O atual presidente do país, Donald Trump, com sua posição ultraconservadora leva a uma divisão de posições, tanto nacional quanto internacional.

Os desafios que se seguirão nos próximos anos são diversos, contudo, unir uma nação dividida, para então, fortificar as ações contra terroristas e na prevenção de novos ataques, tanto em outras partes do mundo quanto em seu próprio território, são os temas principais do governo de Trump, além de evitar um conflito armado com a Coreia do Norte, que seria altamente letal. Sem contar as agendas paralelas, como Meio Ambiente, Direitos Humanos, Migração, Comércio, etc.

Segundo Robert Gilpin (1981), são possíveis três tipos de mudanças no Sistema Internacional, o 11 de Setembro se encaixar no terceiro tipo de mudança, no qual ocorre uma modificação da interação entre os atores do cenário internacional. Nesse caso, as interações anteriormente estabelecidas foram modificadas, porém, as tendências do Sistema Internacional foram intensificadas. Outro teórico relevante é John Mearsheimer (2001), que defende que o conflito é inerente aos atores envolvidos. Aqui as partes interessadas entram em conflito pela divergência de seus interesses.

A vertente teórica das Relações Internacionais à qual pertencem esses autores é a Neo-realista, apesar de diferentes abordagens (Gilpin com o Neo-realismo econômico, já Mearsheimer com o realismo ofensivo), a negação da importância central de outros atores além dos Estados é presentes. Entretanto, a existência de grupos terroristas, nesse caso, significa que os interesses (e a sua conquista) e a liderança dos Estados Unidos estão comprometidos, pois, o poder do país é constantemente desafiado. Aqui, a reação é uma resposta mais incisiva, levando em consideração as possíveis consequências. Nessa perspectiva, já que foi atingido em 2001, as ações dos Estados Unidos foram respostas ao ataque.

Portanto, desarmar e assim evitar as ações do grupo terrorista ISIS, estabilizar as relações com os países do Oriente Médio, e, garantir a sua segurança interna, além de ajudar nas ações de segurança nos países alinhados a sua posição de combate ao grupo terrorista, são apenas alguns dos desafios do Estados Unidos ao passo que não se sabe as ações do Estado Islâmico, por exemplo, e também não se sabe a complexidade de desafios que ainda podem surgir.

REFERÊNCIAS

BUZAN, Barry. As Implicações do 11 de Setembro para o Estudo das Relações Internacionais. Contexto Internacional. Rio de Janeiro, vol. 24, nº 2, jul/dez 2002, pp. 233-265.

CASTRO, Thales. Teoria das Relações Internacionais. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012.

NOGUEIRA, João P. Ética e Violência na Teoria de Relações Internacionais: Uma Reflexão a Partir do 11 de Setembro. Contexto Internacional. Rio de Janeiro, vol. 25, nº 1, jan/jun 2003, pp. 81-102.

WHITE HOUSE. Presidente Donald J. Trump Proclaims September 11, 2007, as Patriot Day. Disponível em: < https://www.whitehouse.gov/the-press-office/2017/09/08/president-donald-j-trump-proclaims-september-11-2017-patriot-day>

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