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13 Dias que Abalaram o Mundo

Direção: Roger Donaldson

Elenco: Kevin Costner, Bruce Greenwood, Lucinda Jenney mais

Gênero: Suspense, Guerra

Nacionalidade: EUA

Data de lançamento: 25 de dez de 2000


Treze Dias que Abalaram o Mundo é o tipo de filme que põe os atores no lugar de personalidades políticas históricas e, dá um toque de realidade aos que não viveram a época em que o filme se passa. Esta é a proposta do diretor Roger Donaldson, ambientando o filme nos dias em que o mundo esteve próximo de uma hecatombe nuclear, onde os EUA e a URSS se confrontam sobre a questão dos Mísseis de Cuba, ocorrida em 1962.

No filme, assim como na vida real, um avião U-2, que fazia varreduras estratégicas na área do golfo da Flórida, obteve fotos de uma instalação de plataformas para mísseis soviéticos em Cuba. A potência das ogivas, se instaladas, poderia varrer cidades americanas importante como Miami, em questão de minutos.

Quando ação soviética chegou ao presidente Kennedy (Bruce Greenwood), sua primeira reação foi a de receio. Afinal, os EUA já haviam se frustrado com Cuba, que, desde 1959, vivia sob a égide comunista, com a tentativa de invasão da ilha caribenha para depor os revolucionários que haviam tomado o poder em 1961. Na lógica da Guerra Fria, qualquer erro de cálculo, por menor que fosse, poderia iniciar uma guerra de proporções catastróficas e, com a ameaça estando a poucas milhas do território americano, a operação era muito delicada. Por outro lado, como o filme mostra, uma parcela significativa da população americana exigiu do presidente e das autoridades uma resposta à altura, tanto para a URSS quanto para Cuba.

Durante treze dias, o destino do mundo esteve nas mãos de uma equipe que se reunia no Salão Oval da Casa Branca, o gabinete presidencial. Enquanto os canais de diálogo eram instaurados para que houvesse uma saída diplomática, a tensão aumentava, haja vista que a União Soviética ameaçava armar Cuba ainda mais, que tentava, através da instalação de mísseis soviéticos, sua sobrevivência, pois temia sofrer novas investidas dos americanos. Contudo, a atitude de Cuba só foi possível pelo fracasso da Invasão à Baía dos Porcos, em 1961 e, pelo fato de os EUA terem instalado mísseis na Turquia e na Itália, países estratégicos para um ataque contra a URSS.

O filme mostra o ponto mais alto, quando uma guerra esteve a ponto de acontecer, no episódio conhecido como “sábado negro”. Em 27 de outubro, um avião norte americano, em missão de espionagem, foi abatido no espaço aéreo cubano. Entretanto, os diplomatas americanos e soviéticos já tinham, de maneira oculta, negociado os termos para o reestabelecimento do regime ‘de paz’, ainda que sob a mira de inúmeras armas de destruição em massa.

No dia 28 de outubro, entretanto, o presidente soviético Nikita Krushev, conseguiu costurar um acordo no qual os EUA se comprometiam em retirar os armamentos instalados na Turquia e na Itália, com a promessa de que a URSS faria o mesmo em solo cubano. Além disso, conseguiu também com que os EUA pactuassem com a não-intervenção em Cuba. Para que o diálogo fluísse entre as duas potências antagônicas, foi criada a linha direta entre o Kremlim e a Casa Branca, para tornar direto o contato entre os dois gigantes.

Embora o objetivo do filme seja descrever o desenrolar da questão na visão americana, seu conteúdo é muito importante. Não apenas para relembrar o episódio da Crise dos Mísseis, que completa 55 anos em 2017, mas porque hoje há uma ‘releitura’ do mesmo. A Coreia do Norte ameaça os EUA e o Japão com destruição total e bombas de hidrogênio, ao passo que Donald Trump, promete atacar o país Norte Koreano com ‘fogo e fúria jamais vistos’. Embora a guerra seja bastante improvável, o mundo assiste outra vez a esse antigo dilema de segurança, logo, uma nova “visita” ao arsenal nuclear.

Rex Tillerson, Secretário de Estado dos EUA, em visita a Pequim, afirmou que já existem canais de comunicação direto entre a Coreia do Norte e seu país, na busca por uma solução diplomática. A China também impõe medidas que aumentam o grau de vulnerabilidade de Pyongyang, em consonância com as sanções da ONU. Enquanto isto, o Japão deixa seu histórico de pacifismo, com Shinzo Abe dissolvendo o Parlamento e antecipando eleições, na esperança de rearmar o Japão. Porém, sabe-se que Trump e Kim Jong-un são dois lados de uma moeda; enquanto Trump tira o foco de suas derrotas internas (à exemplo, o Obamacare), o little rocket man continua burlando as sanções, em busca, principalmente, de dinheiro.

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