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Vencedores do prêmio Nobel da Paz: “só líderes fracos ameaçam com armas nucleares”


A Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN) foi vencedora do Nobel da Paz de 2017. A eminencia de um conflito nuclear, intensificada nos últimos meses pela troca de ameaças entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte, levou a sociedade internacional refletir sobre a real utilidade das armas nucleares, em posse de apenas 9 países (Rússia, Estados Unidos, China, Grã-Bretanha, França, Paquistão, Israel, Coréia do Norte e Índia). O possível conflito nuclear, entre as potências bélicas, levará causaria a destruição humana e do planeta.

Por este motivo, a organização não-governamental, que reúne grupos de países, pretende proibir e eliminar este tipo de armamento. A ICAN procura chamar a atenção para as consequências catastróficas do uso de armamento nuclear ao passo que, também se esforça em apresentar propostas inovadoras para conseguir a proibição da mesma.

Beatrice Finn, é líder da associação e dedica a vida ao ativismo internacional. Ela é formada em direito internacional e lida com o tema do desarmamento desde que comandou a área ligada ao assunto na Liga Internacional de Mulheres pela Paz e Liberdade e do Centro de Políticas de Segurança, em Genebra.

Com isso, Beatrice, afirma para a Reuters que "as armas nucleares são ilegais. A ameaça de usar armas nucleares é ilegal. Ter armas nucleares, desenvolver armas nucleares é ilegal”, criticando duramente os países que ainda insistem no uso e posse desse tipo de armamento. E foi com base neste argumento que ela e sua equipe formularam o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, que foi celebrado em julho de 2017 na ONU (Organização das Nações Unidas) com anuência de 122 países, sendo o Brasil o primeiro dos países a assinar o acordo.

Segundo a ICAN, este acordo “preenche uma brecha significativa do direito internacional”. Ele proíbe países de desenvolver, testar, produzir, montar, transferir, possuir, armazenar, usar ou fazer ameaças de usar tais armas contra outras nações. Este último caso afeta diretamente as partes do conflito entre Coreia do Norte e Estados Unidos.

Embora o alcance do tratado seja, sobretudo, simbólico, a ausência das nove potências nucleares, entre os signatários, mostrou novamente que o direito internacional é uma "força motriz" e um "ator líder da sociedade civil" do movimento contra as armas nucleares. As pessoas não querem ser defendidas por este tipo de força, contudo, há de se esperar que futuramente tenhamos líderes mundiais mais fortes que possam eliminar o desenvolvimento desta máquina de destruição e sofrimento.


REFERÊNCIAS

G1. Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares ganha Nobel da Paz 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/ican-ganha-nobel-da-paz-2017.ghtml> Acesso em: 28 de outubro de 2017.

ICAN. Nobel Peace Prize 2017. Disponível em: <http://www.icanw.org/action/nobel-peace-prize-2017-2/> Acesso em: 28 de outubro de 2017.

JORNAL NEXO. O que pensa Beatrice Fihn, líder da campanha que venceu o Nobel da Paz. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/10/06/O-que-pensa-Beatrice-Fihn-l%C3%ADder-da-campanha-que-venceu-o-Nobel-da-Paz> Acesso em: 28 de outubro de 2017.

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