Aconteceu em RI: 2º dia do X Fórum de Relações Internacionais
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Iniciando o segundo e último dia do X Fórum de Relações Internacionais, o Prof. MSc. Mário Tito Almeida, Diretor do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) da Universidade da Amazônia, introduz a dinâmica internacional e apresenta os convidados da mesa, o Prof. MSc. João Cláudio Tupinambá Arroyo (UNAMA), Prof. MSc. Jurandir Novaes, e a Mestranda Internacionalista Bruna Pinheiro (UNAMA). A primeira palavra foi do Professor Mestre em Economia, João Cláudio Arroyo, que resgatou historicamente as datas importantes para a compreensão dos desdobramentos do processo de integração econômica amazônica (desde a fundação de Belém, a chegada dos jesuítas, a fundação de Manaus, a consolidação do Ver-O-Peso, intervenção científica na Amazônia, a influência do Marquês de Pombal, a Companhia de Comércio do Grão-Para e Maranhão, a chegada da família Real ao Brasil, a Cabanagem, e a influência dos EUA) reflexo da intervenção dos poderes militares, religiosos, coloniais e comerciais. A Prof. MSc. Jurandir Novaes (UFPA/USP), membro do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), abordou a Nova Cartografia Social, uma situação empírica da atualidade dos efeitos da usina hidrelétrica de Tucuruí, mais especificamente sobre as estratégicas face à expropriação. Refletiu acerca dos movimentos sociais no Brasil no final dos anos 1980, dando enfoque na região amazônica, em que os movimentos rurais mais próximos das barragens e rios que tiveram suas vidas impactadas até os dias de hoje com as construções de hidrelétricas. Conceituando a Cartografia Social como narrativas dos impactos dos povos (indígenas ou não) em luta pelos seus territórios. Seguindo a ordem da mesa, a Internacionalista Mestranda Bruna Pinheiro (UNAMA/UFPA), analisou o panorama desafiador para o Internacionalista: O Agrário e o Agrícola na Amazônia; um assunto de alta relevância que, por vezes, não é compreendido e debatido. A princípio, apresentou a inserção dos povos indígenas no sistema da Organização das Nações Unidas. Ressaltou, também, a importância das discussões dos povos indígenas dentro das Relações Internacionais, analisando a emancipação à luz da Teoria Critica de Robert Cox, dentro de sua área de pesquisa.
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Encerrando a primeira mesa, o Prof. MSc. Mário Tito Almeida, abordou os desafios da Amazônia com a ausência de alimentos - um assunto que parece ser paradoxal em vista a uma região tão rica como a Amazônia. Refletiu sobre a reverberação social e os conceitos de soberania, apresentando fatos de suas próprias experiências como ex-funcionário do INCRA, e em sua pesquisa sobre a distribuição de alimentos na região Norte do Brasil. A grande discussão sobre a Governança Global e a Segurança Alimentar, que tem como objetivo a erradicação da fome, não atinge seus objetivos, explicando as dificuldades de solucionar os problemas existentes nesse processo, com o conceito de “Ecocratologia”, seu objeto de estudo no doutorado. A rodada de perguntas e interação entre os acadêmicos e os palestrantes, trouxeram discussões importantes como a Economia Social, a preservação da identidade dos povos indígenas, e os conceitos de segurança alimentar em construção.
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A segunda mesa do dia foi composta pela Prof. MSc. Tienay Costa, Prof. Dra. Nírvia Ravena (UFPA/NAEA) e o Prof. Dr. Mário Amim Herreros (UFPA/UNAMA), que discorreram sobre “Mudanças Climáticas e Governança Ambiental”. O debate sobre as mudanças climáticas iniciou com a Prof. Dra. Nirvia Ravena, que explicou sobre o conceito de Governança e operacional de Risco, trazendo reflexões dos modos de operação pela Organização das Nações Unidas (ONU) e os riscos do capital que adentram no âmbito das mudanças climáticas. A professora também trouxe preocupações com os riscos e a impactos que as mudanças climáticas trás para as populações tradicionais amazônicas, analisando os fatos com base em suas experiências na pesquisa científica. O Prof. Dr. Mário Amim Herreros trouxe reflexões sobre os impactos das mudanças climáticas nas periferias mundiais, como o caso de Madagascar e nas Filipinas. Apresentou a lógica (os efeitos e as causas) das mudanças climáticas fornecidas no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e em tempo real pela NASA; o aumento da temperatura global, aumento do nível do mar, o aquecimento dos oceanos, retraimento glacial, aumento do dióxido de carbono, e os efeitos futuros de todas essas mudanças. Nas rodadas de perguntas e respostas, surgiram temas de alta relevância no âmbito das Relações Internacionais, como o aumento da produção de lixo, as destruições e desmatamentos causados pelas grandes corporações, dentre muitos outros.
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Encerrado as mesas de discussões do X Fórum de Relações Internacionais sobre os “Novos Temas, Novas Agendas Globais”, a organização do evento agradece à todos os Professores do Curso de Relações Internacionais, e a todos os palestrantes convidados que possibilitaram e enriqueceram o evento. O X Fórum de Relações Internacionais pode ter acabado, mas o curso de Relações Internacionais não para! Fique ligado!
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