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O Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres pela Escola Feminista


O dia 25 de novembro foi instituído pela assembleia Geral das Nações Unidas, em 1999, como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres com o intuito de chamar a atenção dos Governos, Organismos internacionais e da sociedade sobre as diversas formas de violência que podem ser impostas sobre as mulheres – como maus tratos físicos e psicológicos e agressões sexuais, enquadrados como discriminação de gênero.

Todos os anos organismos internacionais e governos publicam declarações reafirmando seus compromissos com a eliminação do flagelo social que se desenha a violência contra a mulher e mesmo com o desenvolvimento de leis e iniciativas poucas mudanças ocorreram na realidade das mulheres ao redor do mundo, independente da cultura destes. Conforme dados do anuário brasileiro de segurança pública (2017) e o instituto Maria da Penha, o panorama de violência contra as mulheres no Brasil é alarmante, sendo encontrados dados como: um estupro a cada 11 minutos no Brasil e a cada 7,2 segundos uma mulher é vítima de violência física, normalmente por um homem próximo ao seu convívio (61% dos casos), nem sempre sendo por seu marido ou companheiro.

Conforme afirma Jatobá (2013), é necessário compreender que as desigualdades entre homens e mulheres é permeada de padrões enraizados nas sociedades e que através do movimento feminista pretende-se desestabilizar esses conceitos. Para Enloe (2005), dentro das teorias de Relações Internacionais, a vertente feminista é essencial para evidenciar as várias formas de poder público e privado que são usados para controlar, legitimar e perpetuar noções de gênero. Logo, “se não nos interessarmos seriamente pelas condições de vida das mulheres, estamos susceptíveis a analisar a dinâmica internacional de poder na melhor das hipóteses, incompleta, e na pior das hipóteses, com defeito” (ENLOE, 2005, p. 102).

A violência de gênero deve ser enfrentada com movimentos amplos de homens e mulheres em prol de uma sociedade livre de discriminações. Para que a cada dia menos mulheres sejam assassinadas ao lutar por seus direitos, como foram as Irmãs Mirabal, a quem o dia 25 de novembro inicialmente homenageou como símbolo de dignidade. Muito foi obtido, como no Brasil a internacionalmente respeitada Lei Maria da Penha, porém a sociedade mundial ainda tem muito trabalho a ser feito, com um enfrentamento mais rígido, para erradicar a violência contra a mulher e uma maior igualdade entre os gêneros.


REFERÊNCIAS

ENLOE, Cynthia. In: MENDONÇA, Maria Zilka Farias de. Teoria feminista e dominação masculina: Aspectos de continuidade e seus efeitos nas relações internacionais. NEARI em revista. Vol.1, N.2, 2015

EXAME. Os números da violência contra mulheres no Brasil. 2017. Disponível em:<https://exame.abril.com.br/brasil/os-numeros-da-violencia-contra-mulheres-no-brasil/> Acesso em: 18/11/17

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 2017. Disponível em: < http://www.forumseguranca.org.br/publicacoes/10o-anuario-brasileiro-de-seguranca-publica/> Acesso em: 18/11/17

INSTITUTO MARIA DA PENHA. Relógios da violência. Disponível em: <http://www.relogiosdaviolencia.com.br/> Acesso em: 18/11/17

JATOBÁ, Daniel; LESSA, Antônio C; DE OLIVEIRA, Henrique A. Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2013.

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