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Os custos mundiais da corrupção



Como uma coligação internacional contra a corrupção, em 1993, foi criada a Transparência Internacional tendo o objetivo de trabalhar em conjunto com governos, empresas e cidadãos, a fim de impedir o avanço da corrupção. Presente, atualmente em mais de 100 países, o movimento trabalha para promover a consciência coletiva de que “Em muitos países, as pessoas são privadas de suas necessidades mais básicas e vão dormir com fome todas as noites por causa da corrupção, enquanto os poderosos e corruptos aproveitam estilos de vida luxuosos de forma impune”, disse José Ugaz, presidente da Transparência Internacional que busca provocar mudanças.

A corrupção é um fenômeno evidenciado ao longo de toda a história da humanidade e com a intensificação das relações internacionais e o fortalecimento da globalização, o problema atingiu escala mundial. A partir do momento em que as civilizações foram se desenvolvendo e as relações humanas foram tomando proporções maiores, a corrupção se expandiu em diversos setores da sociedade afetando relações sociais e institucionais, tanto públicas quanto privadas se tornando um aspecto cotidiano.

Ao analisar a passagem da visão naturalista da corrupção, na qual seria uma luta contra a natureza humana, para a corrupção como problema, pôde-se perceber uma série de mudanças na avaliação desse fenômeno. Nas sociedades em que ela é um dos principais problemas a serem enfrentados são diversos custos econômicos, sociais e políticos.

De acordo com Bruno Wilhelm Speck (2000)

“Os cidadãos começam a reconhecer na corrupção um dos fatores responsáveis pela alocação ineficiente de recursos e pela deterioração da qualidade dos serviços públicos. A corrupção não somente desperdiça recursos públicos como também cria incentivos errados para o direcionamento dos investimentos econômicos. O custo político é alto, porque instituições vistas como corruptas são desacreditadas e não terão o apoio da população. Para finalizar, o exemplo de cima serve de guia para o comportamento dos cidadãos. A ideia da associação política para realizar o bem comum torna-se um eufemismo para encobrir a convivência cínica de egoístas não assumidos.”


Dessa forma, a corrupção vista como um problema, leva os atores a buscarem soluções viáveis para enfrentar tal problema. Dentre as opções estão medidas educativas e punitivas além de enfatizar reformas no sistema político e econômico, buscando identificar as causas estruturais ou institucionais da corrupção.

É nesse contexto que a Transparência Internacional e a OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômicos) trabalham através de linhas de ação que alocam recursos especiais a fim de diminui-la no mundo em busca de um ambiente mais justo e desenvolvido político, social e economicamente.

Além disso, deve-se destacar as orientações do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização Internacional do Comércio (OM) que buscam melhorar as estratégias de prestação de contas e transparência criando uma campanha global contra a corrupção.

Acrescenta José Ugaz, “Nós não podemos nos dar ao luxo de perder tempo. A corrupção precisa ser combatida com urgência para que a vida das pessoas melhore, em todo o mundo”.

REFERÊNCIAS

ONU. Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção. Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle – MTFC. Disponível em: <http://www.cgu.gov.br/assuntos/articulacao-internacional/convencao-da-onu/arquivos/cartilha-onu-2016.pdf>. Acesso em: 05 de novembro de 2017.

Convenção das Nações Unidas contra a corrupção. Disponível em: <http://www.cgu.gov.br/assuntos/articulacao-internacional/convencao-da-onu/arquivos/cartilha-onu-2016.pdf>. Acesso em: 05 de dezembro de 2017.

TRANSPARENCY. Índice de percepção da corrupção 2016: Círculo vicioso de corrupção. Disponível em:<https://www.transparency.org/news/pressrelease/indice_de_percepcaeo_da_corrupcaeo_2016_circulo_vicioso_de_corrupcaeo>. Acesso em: 05 de dezembro de 2017.

TRANSPARENCY. ABOUT. Disponível em: <https://www.transparency.org/about>. Acesso em 05 de dezembro de 2017.

UNODC. Convenção das Nações Unidas contra a corrupção. Disponível em: <https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/corrupcao/convencao.html

http://www.arqanalagoa.ufscar.br/abed/integra/rita%20de%20c%C3%A1ssia%20biason,%2011-08-07.pdf>. Acesso em: 05 de dezembro de 2017.

SPECK, B.W. Mensurando a corrupção: uma revisão de dados provenientes de pesquisas empíricas. Cadernos Adenauer 10: os custos da corrupção. São Paulo: Fundação Konrad Adenauer, 2000.

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