Patch Adams: o Amor é Contagioso
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Direção: Tom Shadyac;
Gênero: Drama, Comédia;
Elenco: Robin Williams, Monica Potter, Philip Seymour Hoffman, Bob Gunton;
Data de lançamento: 25 de dezembro de 1998;
País de Origem: EUA.
A questão da saúde à nível global compreende algumas pautas que entraram na agenda do tema e, vêm causando muita preocupação. Além das epidemias e condições precárias do setor ao redor do mundo, já conhecidas de todos, há também doenças como a obesidade e a depressão, cujos índices são alarmantes e precisam de atenção redobrada. Estes exemplos são apenas a ponta do iceberg dos desafios que a saúde enfrenta no mundo, até o funcionamento pleno de uma rede global de cooperação, que desenvolva e testa novas vacinas e tratamentos.
Para enfrentar tantos problemas, é preciso ir além do diagnóstico e dos tratamentos tradicionais, apesar da crescente conscientização dos Estados da importância da saúde preventiva, é preciso, acima de tudo, humanizar as relações no âmbito da saúde, e esse é, sem sombra de dúvidas, um grande desafio a ser enfrentado, mesmo porque se faz necessário levar em consideração fatores étnicos, culturais e até mesmo as medicinas tradicionais de um determinado local. Como se pode perceber, a temática é delicada e muito profunda; por isso, tantos profissionais têm se dedicado com afinco ao assunto.
Uma das figuras mais proeminentes na luta pela humanização do atendimento na área da saúde é Patch Adams, um médico estadunidense famoso por sua metodologia inovadora no tratamento de enfermos. Ainda em sua juventude, o jovem Adams passou por problemas pessoais que o levaram a uma profunda depressão. Na tentativa de recuperar sua saúde mental e física, resolveu internar-se em uma clínica psiquiátrica. Lá, chegou à conclusão de que o bom humor e a felicidade fazem parte de uma receita eficaz para combater as doenças. Seu amor pelos pacientes e a dedicação dispensada a eles era já muito aparente quando era estudante de medicina. No ano de 1971, fundou o Instituto Gesundheit, que atende a milhares de pessoas gratuitamente, sempre apostando no humor e na conexão entre o ambiente e o bem-estar.
No filme de 1998, uma espécie de cinebiografia de Patch Adams, cujo o saudoso Robin Williams é o responsável por viver o personagem principal, uma obra que foca na atuação de Adams, não somente em fatos de sua vida. O seu ativismo também ocupa um bom espaço no filme, já que Patch Adams é também muito conhecido por denunciar questões de falta de acesso à saúde em nível global, assim como em guerras.
A obra caminha por dois mundos diferentes: ora trata do humor como válvula de escape para as adversidades da vida, mostrando a humanização que se faz presente no trato com os pacientes, ora vai direto ao ponto nas questões mais delicadas, quando as doenças, infelizmente, vencem a batalha contra a vida.
A obra foi indicada ao Oscar, em 1999, na categoria de Melhor Trilha Sonora e, no Globo de Ouro do mesmo ano, foi indicado nas categorias de Melhor Filme em Comédia e também Melhor Ator em Comédia. Embora não tenha ganhado as premiações nestes dois eventos, o filme foi envelhecendo muito bem, tanto que hoje é um clássico, e continua muito comovente e, também, muito divertido.
E são iniciativas assim, que começam com pequenos atos e ideias postas em práticas, que servem para melhorar a saúde a nível global, oferecendo novas ferramentas para a empreitada. O dia 7 de Abril é, desde 1946, o Dia Mundial da Saúde, instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O conceito principal deste dia é conscientizar as populações de que a saúde não é somente o fato de não estar doente, e tampouco é um fim em si mesma. Saúde não é tão só e somente uma questão ambulatorial, mas sim de toda a sociedade.
Por isso, é necessário apostar em educação, saneamento básico e acesso à água, e são reivindicações sociais, lutas encampadas há muito tempo. Essas conquistas devem vir em conjunto a melhor promoção da saúde, que é o ponto principal do Dia Mundial da Saúde. Mas, sem deixar de lado, em momento algum, a humanização do atendimento, da relação entre médicos e pacientes e, acima e tudo, sem deixar de lado novas abordagens que potencializem a metodologia eficaz e eficiente de Patch Adams, uma mente a serviço da saúde e da felicidade.