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Copa do Mundo – Muito mais que Futebol


Estamos em junho de 2018 e mais um Campeonato Mundial de Seleções se aproxima.

A Copa do mundo mobiliza a população mundial a cada quatro anos, desde a data da escolha do país que irá sediar, passando pelas cidades que irão abrigar os jogos da copa, até o dia em que o torneio se iniciará. É bem verdade que tudo é puramente expectativa, até mesmo para quem não gosta ou não entende, fica ansioso, pois é o país dele que irá jogar, é todo um processo. Nele também se incluem a escolha dos homens de preto, assim conhecidos os árbitros, que geralmente são mencionados quando erram, raramente para dizer que este ou aquele foi bem. Pois, afinal, são eles que homologam as partidas e acabam possuindo uma importância sem igual.

Para os países, o esporte constitui um elemento do chamado soft power. O Brasil, por exemplo, segundo Joseph Nye, possui dois elementos essenciais de soft power no plano internacional - "a cultura popular do carnaval e do futebol", onde a não participação nos megaeventos esportivos é, para qualquer Estado, um considerável prejuízo. No futebol, componente e reflexo da vida internacional, transparecem algumas dimensões essenciais da política internacional, tais como: revelar o sentimento público e possuir um papel relevante na política estrangeira, representando, por isso, um certo peso nas relações entre os países.

A mídia globalizada é o recente campo de enfrentamento onde ocorre o embate entre os Estados, as empresas transacionais e os novos movimentos sociais. O poder, em um mundo controlado pela mídia, consiste, em grande parte, no controle da produção e na manipulação de símbolos que possam seduzir. Com isso, o gigantesco poder de sedução que o esporte e seu impacto econômico não podem ser ignorados pelos Estados e nem pela indústria cultural. Sendo assim, a geopolítica do esporte acaba no centro das disputas e rivalidades, mas também pode servir como instrumento de paz e de cooperação.

O Futebol pode ser também considerado um fator positivo na governança global. Logo, percebemos que a copa é mais que um evento que reúne as melhores seleções, pode ser também um espaço onde grandes decisões serão tomadas. Em meio aos conflitos locais, a diplomacia entre as nações impera, fazendo com que enquanto o mundo observe apenas o futebol, os bastidores seguem aquecidos.

A copa caiu como uma “luva” para o governo russo em meio ao conflito civil, pois o futebol une, veremos como será assim que a copa terminar, mas a lição que se tira é que, não é apenas futebol.

REFERÊNCIAS

HOBSBAWM, E. A invenção das tradições . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

LEVERMORE, Roger; BUDD, Adrian. Sport and International Relations . An Emerging Relationship. Londres: Routledge, 2004.

NYE, Joseph S. O futuro do poder . São Paulo: Benvirá, 2012.

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