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Assembleia Geral das Nações Unidas elege novos Estados-Membros do ECOSOC



Durante esta semana, a Assembleia Geral das Nações Unidas elegeu 18 novos Estados-Membros para integrar o Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC). Entre os países eleitos estão: Brasil, Jamaica, Paraguai, Angola, Quênia, Egito, Etiópia, Mali, Arábia Saudita, Irão, Paquistão, Turquemenistão, Arménia, Ucrânia, Canadá, Estados Unidos, Luxemburgo e Holanda.

O ECOSOC é o Conselho que coordena as atividades sociais e econômicas nas agências da ONU, através de pesquisas, relatórios e recomendações de atividades que promovam o desenvolvimento social e econômico, estando relacionado a questões de Direitos Humanos, condições sociais de mulheres, comércio internacional, ciência e tecnologia, entre outros. O Conselho possui 54 Estados-membros, rotativos com 3 anos de mandato.

O Conselho pode ser discutido através da perspectiva Pós-Colonial de Relações Internacionais, que discorre acerca da dominação da estrutura hierárquica das relações de poder assimétricas – tanto políticas, econômicas quanto culturais - assimétricas na sociedade internacional, em denuncia das relações “neocoloniais”, nesse sentido a crítica deve ir contra o universalismo, que tende para a visão de mundo ocidental, mas deve representar todos os povos, identidades e realidades.

Nesta conjuntura, a proposta é desconstruir a racionalidade eurocêntrica, no objetivo de captar novas reflexões de grupos historicamente excluídos das construções de conhecimento, pois “a injustiça social está implicada na injustiça cognitiva global” (JATOBÁ, 2013. p,121). Portanto, reconhecer estas relações de dominação está no reconhecimento da discriminação epistemológica, onde os discursos são construídos em uma perspectiva que não reconhece as diferenças entre os povos, esta abordagem é problemática pois permite a continuidade de discursos de verdades a partir da realidade ocidental que silencia outras realidades e histórias.

O Conselho é um ambiente de constante construção de conhecimento e de desenvolvimento de trabalhos sociais e econômicos, onde é necessário a orientação daqueles que reconhecem a diversidade política e realidade cultural dos povos. Assim como outros órgãos da ONU, as vagas do conselho são distribuídas por representação geográfica, na constituição dos 54 Estados-membros, 10 são disponíveis para a América Latina e Caribe, 14 para África, 11 para Ásia, 13 para o Ocidente e 6 para o leste europeu.

A necessidade desta distribuição de vagas entre as regiões do mundo faz parte de um mecanismo das Nações Unidas para igualar as representações entre os países, além da questão territorial e geográfica, mas também política. A realidade da sociedade internacional demonstra que as relações de poder continuam a moldar o desenvolvimento político e econômico entre os Estados internacionais, e nesse sentindo, as organizações tentam validar instrumentos para dar mais autonomia a Estados e continentes historicamente afetados por relações coloniais.






Referências



JATOBÁ, Daniel. Teoria das Relações Internacionais. Daniel Jatobá; Antônio Carlos Lesa, Henrique Altemani de Oliveira (Coord.). São Paulo: Saraiva, 2013.


Jornal de Angola. Angola no Conselho Econômico e Social. Disponível em: < http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/angola_no_conselho_economico_e_social>. Acesso em junho de 2018.


ONU News. Angola e Brasil eleitos para Conselho Econômico e Social da ONU. Disponível em: <https://news.un.org/pt/story/2018/06/1627162>. Acesso em junho de 2018.

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