Kofi Annan: eterno diplomata
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Kofi Annan, o primeiro negro africano a se tornar secretário-geral da ONU, morreu, no sábado (18) aos 80 anos, na Suíça. Nascido em Kumasi (Gana) no dia 8 de abril de 1938, Annan foi uma das figuras de maior relevância quando se fala de paz mundial, sua luta para o alcance da mesma através de seu alto padrão diplomático foi tão notável que em 2001 foi lhe concedido o Premio Nobel da Paz, juntamente às Nações Unidas.
Graduado em Economia e Relações Internacionais, começou sua carreira profissional aos 24 anos, na OMC (Organização Mundial de Saúde) e entre os anos 1992 a 1996 passou a chefiar o departamento de manutenção da paz e viu de perto horror da guerra civil, na tentativa de pôr fim ao conflito de Ruanda em 1994. Annan não obteve êxito em sua tentativa diplomática de alcançar a paz na região e sofreu duras críticas da sociedade internacional pelo seu fracasso no local, todavia, nunca deixou de acreditar em seu propósito e seguiu com suas convicções para um mundo melhor.
Em 1996 foi nomeado secretário-geral da ONU e em seu discurso de abertura foi firme ao dizer que não pretendia realizar apenas atividades de teor administrativo, seu objetivo principal era moldar a política mundial, lutando contra a pobreza internacional, o aquecimento global e a resolução de crises políticas.
Sua dedicação e comprometimento foram notados pelas Nações Unidas e pela sociedade global, diante disso, permaneceu por dois mandatos como secretário-geral, sempre buscando caminhos que visassem negociações e nunca o uso de forças armadas. Criou projetos que vigoram ate os dias de hoje como: Fundo Global de Luta contra a AIDS, Tuberculose e Malária e o projeto de reformulação da ONU (Renovar as Nações Unidas), além da participação de inúmeros projetos destinados a manutenção dos direitos humanos.
Ao ser substituído, em 2006, pelo sul-coreano o Ban Ki-moon, Annan nunca deixou de ocupar postos de grande relevância dentro do sistema internacional, em 2008 criou sua própria fundação que visava segurança e paz mundial e o progresso do desenvolvimento sustentável, além de ajudar na resolução do conflito que ocorria no Quênia, no mesmo ano. É indiscutível a sua liderança e seus feitos, não só mostrou ao mundo que a busca pela paz através da diplomacia é um caminho a ser seguido pela humanidade como deixou seu legado para lideres na sua luta infindável pela paz.
Referências:
CHARLEAUX, João Paulo. Que marca Kofi Annan deixa na diplomacia mundial. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/08/18/Que-marca-Kofi-Annan-deixa-na-diplomacia-mundial>. Acesso em agosto de 2018.
El País. Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU e Nobel da Paz, morrem aos 80 anos. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/18/internacional/1534585434_839216.html>. Acesso em agosto de 2018.
MARTINS, Andreia. Kofi Annan, uma vida dedicada às Nações Unidas. Disponível em: <https://www.rtp.pt/noticias/mundo/kofi-annan-uma-vida-dedicada-as-nacoes-unidas_n1093900>. Acesso em agosto de 2018.