top of page

A teoria Neo-realista no Brexit


A saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), iniciada em 2016, vem sendo estabelecida por uma extensa negociação e coloca o Estado inglês em um conturbado momento político. Atualmente, o Brexit enfrenta uma série de questões no extenso processo de separação do bloco europeu. Os países da Irlanda do Norte e da Escócia são contra a saída e lutam para manter-se no acordo.

Recentemente, o governo britânico publicou “notas técnicas”, que consistem em consequências, recomendações e alertas para um cenário de “não acordo” com a União Europeia. Por exemplo, algumas dessas notas apontam para dificuldades que os cidadãos britânicos, residentes em Estados-membros da UE, poderiam enfrentar em transações bancárias e no recebimento da aposentadoria. Além disso, o Reino Unido pode sofrer escassez de medicamentos, tendo em vista que muitos deles provêm de outros países do bloco europeu.

Nesse contexto, a teoria Neo-realista de Relações Internacionais promove a ideia que os Estados são os principais atores do Sistema Internacional e que estes sempre irão tentar garantir sua própria sobrevivência no mundo anárquico, no qual estão inseridos.

Para os neo-realistas, os Estados são atores racionais, que buscam formas de maximizar seu poder e defendem que as relações internacionais são definidas pela distribuição de poder em torno do S.I., tendo como agenda prioritária, a segurança nacional. Segundo eles, a cooperação entre Estados é suscetível à ruptura, mediante a lógica dos ganhos relativos, em que na cooperação entre países, os benefícios sempre serão assimétricos e, assim, aqueles no lado perdedor do jogo de ganhos relativos sairão do arranjo cooperativo.

Dessa forma, a permanência do Reino Unido na União Europeia estaria submetendo a economia do país ao bloco e, assim, prejudicando a sobrevivência e a busca pela maximização do poder do mesmo. Além disso, apesar de ser um dos membros mais poderosos da UE, em termos militares, a Grã-Bretanha não possui grande participação nas missões militares e civis, tendo a França com a maior força bélica do bloco.

Portanto, o Reino Unido submetido às diretrizes políticas e econômicas do bloco e vendo tal fato atingir o país de forma negativa, rompe o acordo com a União Europeia, visando a manutenção dos seus interesses.



Referências:

CASTRO, Thales. Teoria das Relações Internacionais / Thales Castro. – Brasília:

FUNAG, 2016.

- JATOBÁ, Daniel. Teoria das Relações Internacionais / Daniel Jatobá; Antônio Carlos

Lessa; Henrique Altemani de Oliveira - São Paulo: Saraiva, 2013.

- Brexit e as realidades enfrentadas por uma Grã-Bretanha pós-UE. Disponível em : :https://www.theguardian.com/politics/2018/sep/02/brexit-and-the-realities-facing-a-post-eu-britain . Acesso em 30 ago.2018

- Governo May prepara britânicos para um Brexit drástico. Disponvel em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/22/internacional/1534938840_936940.html. Acesso em 30 ago. 2018


Veja também
Verifique em breve
Assim que novos posts forem publicados, você poderá vê-los aqui.
Destaques

Um site que é a cara do curso de Relações Internacionais. 

Notícias do dia
Verifique em breve
Assim que novos posts forem publicados, você poderá vê-los aqui.
Redes sociais 
  • Instagram Social Icon
  • YouTube Social  Icon
  • Blogger Social Icon
  • Wix Twitter page
  • Wix Facebook page
Follow us 
  • Black Facebook Icon
  • Black Instagram Icon
  • Black Twitter Icon
  • Black Blogger Icon
bottom of page