A influência da China na economia internacional
Dotada de uma história milenar, a civilização chinesa vem através dos anos se destacando no cenário internacional por sua singularidade e forte identidade comparada a países ocidentais.
A ascensão da China é um tema bastante debatido na atualidade, o seu expansionismo e o fato de ser a nação com maior crescimento econômico há 25 anos, a tornaram altamente temida pelas nações ocidentais e a consolidaram como nova superpotência global. Segundo o World Economic Forum (2018) a China apresenta um aumento médio de 10% do PIB anualmente, que atualmente, é de 14 trilhões de dólares, ultrapassando grandes nações desenvolvidas e emergentes. O país começou a possuir visibilidade internacional e a integrar os grandes fóruns econômicos mundiais.
O desenvolvimento econômico da China foi possível inicialmente graças às reformas internas do ex-presidente Deng Xiaoping, que criou a chamada “Quatro Modernizações”, que visavam modernizar setores da infraestrutura e economia por meio de reformas nas áreas da agricultura, indústria, ciência/tecnologia e militar. A partir destas reformas a China toma um novo rumo na economia internacional, atualmente grande parte dos produtos comercializados em todo o mundo são provenientes do país. Outro elemento-chave para o grande sucesso chinês é: acompanhar os efeitos da globalização e também contar com a parceria de outras grandes nações emergentes, como, por exemplo, os países componentes do BRICS (Brasil, Rússia, índia e África do Sul).
Segundo o teórico neorrealista das Relações Internacionais, Robert Gilpin, com o constante avanço da globalização, cada vez mais os Estados tendem a integrar-se, visando seus respectivos desenvolvimentos, e no caso do BRICS, gerando uma interdependência econômica.
A globalização adquire características próprias no contexto econômico do sistema internacional atual, em aspectos tais como as mudanças no processo de regulação do comércio internacional, o sistema financeiro internacional, a ação das empresas multinacionais, os esquemas de integração econômica regional e outros. (NEUMANN, Raúl, 2004, p.6)
Gilpin afirma que mercado e Estado atuam paralelamente, onde o primeiro tende a ultrapassar fronteiras nacionais, ressaltando que assim como os Estados, o mercado também possui um caráter político, e que Estados tentam manipular as influências que o mercado promove para aumentar seu poder e sua própria influência em Estados rivais, ou até mesmo para promover a cooperação para um Estado aliado, o que pode ser observado nas relações comerciais entre a China e os demais países.
Neste contexto, podemos perceber que as estratégias políticas e econômicas da República Popular da China têm contribuído para que o país se torne cada vez mais um importante player no cenário internacional. Na medida em que assiste outras nações através de financiamentos e relações diplomáticas amistosas, não deixa de exercer a sua soberania e causar temor ao resto do mundo pela sua identidade única e grande realce político-econômico atual.
REFERÊNCIAS
DUQING. Chen. A política exterior da China. Instituto de estudos avançados da Universidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/duqingpoliticaexteriorchina.pdf>;
FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL. Disponível em: <https://www.weforum.org/>;
NEUMANN, Raúl Allard. Globalización, rol del Estado y relaciones internacionales en el realismo de Robert Gilpin. Foro de Altos Estudios Sociales Valparaíso, Chile, 2004. Disponível em: <http://ucv.altavoz.net/prontus_unidacad/site/artic/20090601/asocfile/20090601222222/cuaderno_4.pdf>.