top of page

A História de Superação de Nadia Murad


A história de Nadia Murad ultrapassa o limite do terror e da coragem, hoje aos 25 anos, a ativista percorre o mundo contando a sua historia a fim de amparar e dar esperança de um futuro melhor a todas as mulheres que passaram e passam pelo que ela passou e incentivando autoridades e sociedade civil a lutarem em prol da vida humana.

Em 2014, sua vida mudou drasticamente quando o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS) invadiu sua terra natal, Kocho (pequena aldeia situada no norte do Iraque), executando homens e mulheres, entre eles sua mãe e seus seis irmãos, foi sequestrada e levada à força para Mossul (dominada pelo ISIS no período).

Durante meses foi torturada, vítima de estupros coletivos além de ter sido vendida diversas vezes como escrava sexual, foi também obrigada a renunciar sua fé Yazidi e se converter ao Islã. Não podendo mais suportar a situação em que vivia tentou fugir, na primeira vez não obteve êxito e foi castigada pelo ato, na segunda vez com o auxilio da uma família mulçumana, que não apoiava o grupo terrorista, conseguiu fugir da região e se recuperar dos traumas sofridos. Após escapar do ISIS em novembro de 2014 Nadia se tornou ativista e viajou o mundo fazendo campanha para chamar atenção para a tragédia que o seu povo vive (Yazidis).

Em 2016, foi nomeada embaixadora especial da ONU para a Dignidade dos Sobreviventes do Tráfico Humano. No mesmo ano, recebeu o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, principal prêmio de direitos humanos da União Europeia, e em 2018, quatro anos após seu rapto, foi anunciada como uma das vencedoras do Nobel da Paz de 2018 por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra.

Nadia Murad faz parte dessa longa e invisível história de mulheres fortes e indomáveis a quem nem sequer a violação, como táctica de guerra, conseguiu vergar, que se mantêm firmes e que estão dispostas a quebrar o odioso silêncio que lhes é imposto e a exigir justiça e liberdade para os seus semelhantes (The New York Times, 2016).

Faz-se necessário um entendimento sobre a real situação das mulheres no Oriente Médio, na qual uma grande quantidade destas enfrentam diversos tipos de violência como abusos sexuais terroristas ou/e guerrilheiros, que usam o discurso do fundamentalismo religioso para justificar suas atrocidades, e outros mecanismos de submissão e omissão durante a vida toda. A luta de Nadia em defesa dessas mulheres e de qualquer indivíduo que for negado o direito a dignidade humana e liberdade individual é, e precisa ser, a luta de todos.


Referências:

BBC News. Nadia Murad, a vencedora do Prêmio Nobel da Paz que superou o histórico de vítima de “jihad sexual”. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-45757310> . Acesso em 20 de novembro de 2018.

CARTA CAPITAL. Nadia Murad: a luta de uma mulher contra o "Estado Islâmico". Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/diversidade/nadia-murad-a-luta-de-uma-mulher-contra-o-estado-islamico>. Acesso em 20 de novembro de 2018.

GRAHAN-HARRISON, Emma. Nadia Murad carries the fight for traumatised Yazidis. Disponível em: <https://www.theguardian.com/world/2018/oct/05/nadia-murad-carries-the-fight-for-traumatised-yazidis-nobel-prize>. Acesso em 20 de novembro de 2018.








Veja também
Verifique em breve
Assim que novos posts forem publicados, você poderá vê-los aqui.
Destaques

Um site que é a cara do curso de Relações Internacionais. 

Notícias do dia
Verifique em breve
Assim que novos posts forem publicados, você poderá vê-los aqui.
Redes sociais 
  • Instagram Social Icon
  • YouTube Social  Icon
  • Blogger Social Icon
  • Wix Twitter page
  • Wix Facebook page
Follow us 
  • Black Facebook Icon
  • Black Instagram Icon
  • Black Twitter Icon
  • Black Blogger Icon
bottom of page